06.10.15
O dia seguinte
ouremreal
Se gostei do resultado das eleições legislativas de domingo passado! Não! Não gostei!
Se fiquei desiludido? Não! Não fiquei! Pela simples razão de que nunca estive iludido.
Se percebo o comportamento de grande parte dos eleitores que foram vítimas da governação dos últimos 4 anos? Talvez perceba! Mas com muita dificuldade! Porque acho que premiar a incompetência e a mentira, é a melhor maneira de a preservar!
O exercício da política tem vindo a assumir, em muitas ocasiões, uma forma de meio teatro, meio circo, com muita mentira e demagogia à mistura. Nessa linha, a última campanha eleitoral constitui um bom exemplo. E este período pós-eleitoral já começa a ser enfadonho com tanto comentário, palpite, adivinhação e...muito “jogo de cintura”; que é, como quem diz, uma tremenda incoerência entre o que se disse na campanha e o que vai dizendo agora. O importante não se discutiu, nem se discute, ou melhor, não se encara com a necessária seriedade e responsabilidade de modo a que se encontre a melhor solução. E o importante é o que respeita às pessoas, às suas condições de vida, nomeadamente, o emprego, a saúde, a segurança social, a educação, a justiça! Mais as mordomias de muita gente; mais as chamadas gorduras do Estado que, ao que parece, ainda ninguém sabe muito bem o que são; mais o desperdício que por aí vai; mais os cortes e os impostos que os Portugueses vão suportando (mais uns que outros)!
E isto não se resolve!
O que se perspetiva neste cenário pós-eleitoral não parece ser mais animador!
Na primeira linha das preocupações dos vencedores das eleições está a determinação de dar continuidade ao cumprimento do que nos é imposto do exterior. Em nome do que começa a transformar-se num fantasma nacional – a estabilidade!
Na primeira linha das preocupações dos perdedores das eleições está, para uns, inviabilizar tudo o que puder ser inviabilizado; para outros viabilizar o que for possível viabilizar, desde que respeitados alguns limites. Resta saber até onde vão estes limites.
Todos dizem estar a agir de acordo com a vontade dos respetivos eleitores!
O sr. Presidente da República avaliou os resultados eleitorais e concluiu que, de acordo com a vontade expressa pela esmagadora maioria dos eleitores, deveria encomendar a Passos Coelho um “projeto” de governo estável e duradouro. Não parece fácil! Aguardemos!
O.C.