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OuremReal

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27.10.16

O Martim


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Um menino de 2 anos, que estava em casa dos avós, desapareceu, pelas 9 horas da manhã da passada segunda feira, dia 24, e foi encontrado pela GNR, no dia seguinte, pelas 10 da manhã.

Primeiro, disse-se que estava a uma distância de 500 m da casa dos avós; também ouvi que estava a 1 km; e a última versão diz que estaria a 2kms. Foi levado ao hospital de Leiria e, para além de estar molhado, com frio (sem sinais de hipotermia) e ter fome…nada de especial havia a registar na saúde do menino. Ainda bem…! Ainda bem que apareceu! Ainda bem que está bem! É a parte mais importante!

Mas…a minha capacidade de entendimento revela-se demasiado curta, quando começo a querer perceber como é que estas coisas podem ter acontecido! E como não percebo…vou pensando:

Uma criança de 2 anos caminha 2 kms, com a chupeta agarrada a uma fralda e com um boneco de peluche na mão, por caminho e terrenos irregulares, com ervas, arbustos, pedras e mais não sei o quê e fica ali, sentada, à espera que alguém a encontre. Não chora, ou chora tão baixinho que ninguém a conseguiu ouvir. Deve ter adormecido…não se sabe quando nem como, mas deu para passar a noite e, na manhã seguinte, ali estava, sentada, com a chupeta, a fralda e o peluche. Até que a encontraram!

Ou, então, não foi bem assim. A criança andou, deambulou, sabe-se lá por onde e como, até que o cansaço a fez cair, completamente exausta. Não acredito que tenha resistência para aguentar meia dúzia de horas nestas andanças. Adormeceu…! Profundamente…! Daí, nem ter chorado, ou chorou tão pouco que ninguém ouviu. E só acordou na manhã seguinte. E não perdeu a chupeta, nem a fralda presa à chupeta, nem o peluche. Nem se magoou, nem se arranhou. Foi bom!

Ou, então, tudo aconteceu doutra maneira…! Não sei! Nem sei se alguma vez alguém conseguirá saber, ao certo, o que aconteceu…!

Mas, há perguntas que têm que ser feitas:

  • Como é que uma criança de dois anos consegue fazer isto, caminhar tanto, por estes caminhos sem sair magoada e desaparecer tão depressa como se se tratasse de um truque de magia?
  • Como foram feitas, quem planeou e dirigiu as buscas durante as 25 horas em que a criança esteve desaparecida?
  • Quantas pessoas participaram? E quem eram essas pessoas? Conheciam os sítios, os caminhos, ou não?
  • Então, durante as 9 ou 10 horas de luz do dia não deu para bater toda a zona num raio de 2 kms? E durante a noite não havia gente e lanternas suficientes para que nada ficasse por vasculhar? E ninguém viu nem ouviu nada…?

Tudo isto é, no mínimo, muito estranho!

Quanto ao problema que parece dividir os pais da criança…nada mais sei do que aquilo que se vai ouvindo: coincidência ou não, o desaparecimento ocorreu logo a seguir à decisão do tribunal que atribuiu a guarda da criança à mãe!

 

O.C.

13.10.16

Fidelizações


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Foi pior a emenda que o soneto!

Dito por outras palavras: Para fazer o que fizeram…bem podiam ter ficado quietos!

 

Quando, há uns anos atrás, se reclamava contra o facto de nas faturas relativas ao consumo de água da rede pública as empresas incluírem uma despesa referente ao aluguer do contador, o governo de então arranjou uma lei que impedia que assim continuasse a ser e as empresas que nos vendem a água que consumimos nas nossas casas deixaram de poder cobrar essa despesa. Deixou de se pagar o aluguer do contador! Fez-se um grande alarido, porque se tinha acabado com uma grande injustiça, porque se tinha alcançado um grande benefício para os consumidores, porque isto… e porque aquilo…!

Não tardou muito para que as mesmas faturas, passadas pelas mesmas empresas que foram impedidas de cobrar o aluguer dos contadores, aparecessem com uma nova rubrica, com nome ainda mais pomposo e muito sugestivo, que dá pelo nome de “tarifa de disponibilidade”. Sinceramente que não sei, exatamente, o que isto significa, mas sou levado a crer que o simples facto de termos água disponível para consumir é suficiente para que se possa aplicar uma taxa. Consumindo ou não consumindo! Porque, se consumirmos, teremos de pagar pela quantidade que consumirmos. Essa é outra despesa!

E não vale a pena referir o “maná” em que se transformou a fatura da água…! Taxas, taxinhas e taxetas…! Umas revertem para a empresa, outras para o município, outras para o Estado! Dá para todos! Eu sei que sem impostos…não há verbas; sem verbas não se podem fazer obras…! Sei isso tudo! Mas…11 euros e tal, por um consumo zero, em cada mês…é obra!

Com a fatura da eletricidade aconteceu mais ou menos a mesma coisa! Não há aluguer de contador…! Outra grande vitória dos consumidores…!!! Agora até há um contador que está sempre a “mexer” e que eu não sei ler! Mas isso já é ignorância minha! Iliteracia…!!! Mas temos faturas com umas rubricas interessantes como termo de energia, termo de potência, taxa de exploração, imposto sobre não sei o quê, uso da rede, mais a pegada do CO2, não sei quê do audiovisual e mais umas coisas…! Nunca sei bem o que pago pela eletricidade gasta e por aquilo que o não é! Mas também não tem importância nenhuma! Desde que pague…vivo na paz dos anjos! Ninguém “chateia”! E para quem tinha a mania de verificar o consumo, de vez em quando, (era o meu caso), agora, que nem sei ler o contador…é um descanso!

Recentemente…mais uma grande vitória dos consumidores…!!! Depois de não sei quantas assinaturas, abaixo-assinados, petições, pressões e muitas confusões…as operadoras de telecomunicações deixaram de poder exigir aos consumidores contratos com os habituais 2 anos de fidelização. Agora os contratos podem ser com ou sem fidelização! E essa fidelização pode ser de 6, 12 ou 24 meses, como estipula a renovada lei das comunicações eletrónicas! Só que a “cena” repete-se…! As operadoras, muito preocupadas em bem servir os consumidores e na presunção de que sem fidelização ficariam muito mal servidos…trataram de pegar na lei, fazer a conveniente interpretação e tirar dela todo o proveito possível. Custos relativos a instalação, ativação e portabilidade, (essas coisas bonitas), por exemplo, que não são nada baratos, são exigidos, à cabeça, caso se opte pela não fidelização; com fidelização serão diluídos ao longo do respetivo período, como antes, variando em conformidade com a duração do contrato.

É caso para perguntar: em que é que os consumidores beneficiaram?

E como nisto das operadoras parece acontecer o mesmo que acontece com os combustíveis…não há grande escolha! Quem repara nos placares que nas autoestradas anunciam o preço dos combustíveis…verifica que, das duas uma: ou são todas iguais, ou, pelo menos, muito parecidas, ou, então, as coincidências são uma constante, (tão constante) que não dá para ver diferença nenhuma.

Resumindo e concluindo:

- Estas empresas existem para ter lucro! É normal! Usam a lei para tirar dela o maior proveito possível! Continua a ser normal!

- O Estado, o Governo (ou a A.R.) como parte desse Estado, deve saber as leis que faz e o alcance delas. E como não faz o que devia, que era, pelos seus próprios meios, proporcionar a todos os cidadãos que dispusessem destas tecnologias a preços acessíveis, terá que encontrar alternativas; uma delas é recorrer aos privados. Mas…o seu dever primeiro é defender os cidadãos. Se não o sabe fazer…aprenda!!! Não pode é, com o pretexto de fechar uma porta… abrir 4 janelas…! Arrisca-se, arriscamo-nos todos, a ter uma corrente de ar ainda maior!

E já andamos todos fartos de constipações…!!!

 

O.C.

06.10.16

António Guterres


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António Guterres será, assim o espero, o Secretário Geral das Nações Unidas a partir de 1 de janeiro de 2017.

Confesso a minha satisfação! Porque ele é português! Porque ele é competente! Porque as suas excecionais qualidades o fizeram sobressair de todos os outros e o impuseram como o melhor dos concorrentes!

E a satisfação ainda aumenta, porque fica provado que a Alemanha da sr.ª Merckle e seus apaniguados não controlam a ONU como controlam a União Europeia! De outro modo, a "golpada" lançada com a candidatura relâmpago da búlgara Kristalina teria mudado tudo e o próximo Sec. Geral da ONU poderia não ser o mais competente, mas seria, certamente, o mais conveniente para a "dona" da Europa. E a Alemanha já provou, suficientemente, que não pode ser dona da Europa. Nunca sozinha! Nem sequer (mal) acompanhada!

Isto não significa que deposite uma confiança cega na ONU, enquanto organização! Nem que pense que o novo Sec. Geral faça milagres! Nem que, tão pouco, consiga fazer o que desejaria fazer! Porque acho que ele vai ter que fazer, muito mais, aquilo que os poderosos lhe permitirem! Com os E.U. da América à cabeça, e os outros (China, Rússia, Inglaterra e França) a fechar o pelotão da frente e o resto dos países a seguir. Cada um com os seus interesses próprios, é certo, mas onde pode haver um constante equilibrar de forças e evitar-se (!?) que volte a acontecer o que, afinal, levou à criação da ONU - que os tristes episódios de 1914/18 e 1939/45 (e outros parecidos) se repitam. A história já mostrou que nem sempre o bom senso impera! Mas fica sempre a esperança que uma personalidade bem formada e informada possa contribuir para que se atinja o equilíbrio desejado. E António Guterres pode ser esse contributo!

Boa sorte! É o que se pode desejar para uma tarefa que, à partida, só dá uma garantia - ser difícil!

 

O.C.