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OuremReal

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14.02.13

Franquelim!


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Já vai na segunda semana de franquelim, de manhã à noite, na rádio, na televisão, nos jornais, em tudo quanto é "diz que disse"...

Já enjoa!

Não me interessa nada que o secretário de estado de não sei do quê se chame franquelim ou outra coisa qualquer!

Não quero saber se trabalhou no bpn, ou na sln, ou noutro sítio!

Se começou a trabalhar aos 16 anos teve muita sorte, pelo menos teve mais sorte do que eu, porque com metade dessa idade já fazia trabalhos bem mais duros do que trabalhar num banco!

O que me incomoda, realmente, é o "franquelinismo" em que vivemos e que nos está a asfixiar em cada dia que passa!

O que me incomoda é existir um bpn, e outros b qualquer coisa, e outros sem b's, uma vampiragem que se alimenta do suor de quem trabalha!

O que me incomoda é constatar que existe todo um sistema que acaba por dar guarida, proteção e incentivo a tudo isto!

O que me incomoda é ver que o Estado Português está nas mãos de uma cambada de "franquelins"!

O que me incomoda é haver "franquelins" de várias cores, que não enxergando a realidade em que se movem, nem as consequências das suas ações e omissões, acabam por se confundir com aqueles!

O que me incomoda é ver que há quem navegue nesta situação como peixe na água!

O que confrange é a passividade de muitas das vítimas! 

E não se vislumbra que haja alguém capaz de por cobro a esta miséria!!!

Já era tempo!!!

 

O.C.

04.02.13

A lei dos mandatos consecutivos


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A lei nº 46/2005, de 29 de agosto, estabeleceu o número de mandatos consecutivos para presidentes de câmara e de junta de freguesia. Diz assim:

"Artigo 1.º

n.º 1 – O presidente da câmara municipal e o presidente da junta de freguesia só podem ser eleitos para três mandatos consecutivos, salvo se no momento da entrada em vigor da presente lei tiverem cumprido ou estiverem a cumprir, pelo menos, o 3.º mandato consecutivo, circunstância em que poderão ser eleitos para mais um mandato consecutivo.

n.º 2 – O presidente da câmara municipal e o presidente da junta de freguesia, depois de concluídos os mandatos referidos no número anterior, não podem assumir aquelas funções durante o quadriénio imediatamente subsequente ao último mandato consecutivo permitido.

n.º 3 – No caso de renúncia ao mandato, os titulares dos órgãos referidos nos números anteriores não podem candidatar-se  nas eleições imediatas nem nas que se realizem no quadriénio imediatamente subsequente à renúncia.

Artigo 2.º

A presente lei entra em vigor no dia 1 de Janeiro de 2006”

 

 

Perante isto, parece que qualquer cidadão com uma capacidade mínima para ler e interpretar o português consegue perceber que a lei diz, muito claramente, que presidentes de câmara e presidentes de junta de freguesia, nos tempos que correm, só podem ser eleitos para três mandatos consecutivos. Em lado nenhum diz se os mandatos são aqui, ali ou acolá – são três mandatos – simplesmente!

E reforça a ideia, quando diz que “depois de concluídos os mandatos referidos no número anterior, não podem assumir aquelas funções durante o quadriénio imediatamente subsequente ao último mandato consecutivo permitido”.

Isto parece tão claro que não se entende como há quem queira interpretar de maneira diferente, vendo nesta lei a possibilidade de continuar a cumprir mais mandatos, mais do mesmo, desde que seja em autarquia diferente.

Onde está, em que linha, em que entrelinha se vislumbra essa possibilidade?

A menos que tenhamos que admitir que existe uma lei escrita e outra, a que convém, que, não estando escrita, existe na cabeça de quem é capaz de desvirtuar tudo o que for preciso para atingir os seus objetivos!

A menos que tenhamos que admitir que há seres sobredotados, com inteligência superior, capazes de ver o que os seres ditos normais não conseguem ver, aqueles que, à falta de argumento válido, se socorrem do chamado espírito da lei, como se as leis tivessem corpo e alma ou, por outro lado, adivinhassem que o autor da dita lei escreveu uma coisa, quando, na verdade, quereria ter escrito outra em que estaria a pensar.

E são estes argumentos de oportunidade que começam a andar no ar, com artistas e malabaristas a saltar de câmara para câmara, de junta para junta, empurrados por comentadores de ocasião a vender o seu peixe, como se estivessem a falar para um auditório de imbecis, que não percebe nada de nada e que, por isso mesmo, tenha que aceitar toda a porcaria que lhes queiram impingir!

Resta-nos a esperança de que “quem de direito” e “de dever” não se deixe enredar e se faça cumprir uma lei que só peca por não ser extensiva a todos os titulares de cargos políticos!

 

O.C.

01.02.13

O arroto do sr. Ulrich!


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O banqueiro Ulrich, do alto da sua prosápia e num arroto próprio de quem vive de barriga cheia e não faz ideia nenhuma do que é a austeridade, vivida e sentida, disse que "se os sem abrigo aguentam, o resto dos portugueses também aguenta".

Pode muito bem juntar-se ao governante japonês que acha que se os idosos fossem eliminados seria um benefício para as finanças do Estado!

A conversa do banqueiro do BPI não teria importância nenhuma se ele não representasse o que, de facto, representa - o poder financeiro que nos vai arruinando - e se, por isso mesmo, não lhe fosse dada a relevância que não merece. Mas como esse sr. é quem é e porque representa o que representa, a gravidade do que diz é grande e, muito mais do que isso, é preocupante!

Podemos fazer uma ideia mais precisa do que é o capitalismo desenfreado, do que esta gente pensa, do que realmente é e do que é capaz de fazer! 

Socialmente falando, a afirmação do sr. Ulrich é um nojo! A ideologia subjacente cheira a nazismo!

 

O.C.