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OuremReal

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29.10.12

O perigo está no fato e na gravata!!!


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O ministro da administração interna, também conhecido por ministro das “forças desarmadas” (porque não têm as armas que deveriam ter) disse, mais ou menos por estas palavras, além de outras, que:

“- Os comentadores de fato cinzento e gravata azul são o maior adversário das forças armadas;

- Este adversário é tão corrosivo e tão perigoso como qualquer outra ameaça externa;

- O discurso da inutilidade das forças armadas constitui para as próprias forças armadas, um perigo ainda maior do que todas as restrições a que obriga a austeridade que resulta do plano imposto pela troyca.”

Perante uma parada cheia de militares, o que é que o sr ministro terá querido, exatamente, dizer com esta conversada toda?

Como acho que os militares não são estúpidos, também acho que o sr ministro fez um frete a ele próprio para se convencer que as suas palavras tinham atingido os objetivos, ou seja, que as suas palavras tinham convencido aqueles a quem foram dirigidas.

Não sei qual era o fato que o sr ministro tinha vestido, mas um fato cinzento e uma gravata azul talvez não lhe assentassem assim tão mal…!!!

Porque, de facto, o adversário corrosivo e perigoso não é o que constata e comenta a aparente “inutilidade”das forças armadas, mas sim aquele, ou aqueles, que por ação da orientação política que imprimem à governação, lhes sonegam os meios, materiais e humanos, que permitam que a sua ação seja verdadeira e visivelmente útil.

Poder-se-á discutir se devemos ou não, se precisamos ou não, ter forças armadas.

Poder-se-á discutir qual o papel, e a dimensão, que essas forças armadas deverão ter no contexto nacional.

Mas há um aspeto que me parece indiscutível: enquanto existirem terão que ter os meios necessários a uma ação e a uma imagem dignas.

E a conversa da treta de um ministro que não tem argumentos credíveis que justifiquem a inutilidade em que está a transformar as forças armadas e que tem que ir desencantar argumentos ao cinzento do fato e ao azul das gravatas dos comentadores só poderia dar para rir se não fosse uma tristeza ver um país inteiro, em cada dia que passa, a ficar mais perto do abismo.

E, infelizmente, o problema não é só com as forças armadas!

 

O.C

 

05.10.12

5 de outubro


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5 de outubro de 1910!

Um golpe de estado organizado pelo partido republicano português destituiu a monarquia constitucional e levou à proclamação da república, neste dia, em Portugal!

- A profunda instabilidade política e social em que se vivia;

- O regime ditatorial do governo de João Franco;

- Os gastos da família real;

- O poder da Igreja;

- O atraso em que o país estava mergulhado;

- A ineficácia da alternância governativa dos partidos progressista e regenerador;

- A subjugação do país aos interesses ingleses que se vinham avolumando desde o ultimato de 11 de Janeiro de 1890;

- O descontentamento generalizado, agravado com a crise financeira de 1890 – 1891;

Eram os principais ingredientes de uma situação à beira da explosão que culminou com a proclamação da república, da varanda da Câmara Municipal de Lisboa, quando eram 9 horas da manhã daquele dia 5 de Outubro de 1910.

 

5 de outubro de 2012!

Cento e dois anos depois, dezenas de governos e milhares de políticos experimentados, o que temos nós?

- Vive-se num profundo descontentamento social e a instabilidade começa a preocupar;

- Um governo que gere o país numa autêntica ditadura financeira;

- Os gastos supérfluos do Estado aumentam para proveito duma minoria de privilegiados, com especial destaque para os detentores de cargos políticos;

- A Igreja beneficia de regalias que não são extensivas a todos;

- Milhões de euros vindos da CEE/UE, muitos a fundo perdido, não foram devidamente aproveitados para desenvolver o país e, nalgumas áreas, o atraso em relação aos nossos parceiros europeus é notório;

- A ineficácia das governações sucessivas dos partidos da área do poder tem sido tal que nos conduziu à triste situação que estamos a viver;

- Um país subjugado a interesses estrangeiros a ser gerido por uma Troyca capitalista que nos vai asfixiando;

- O descontentamento generalizado, agravado com a crise financeira que atravessamos, vai-se agudizando cada vez que o governo que temos chega à conclusão que vai falhando nas políticas que implementa e decreta mais aumentos de impostos, ao mesmo tempo que vai cortando nos já reduzidos benefícios sociais;

- Um primeiro-ministro que, demagogicamente, descobriu que a salvação da produtividade do país está na abolição de quatro feriados e, inteligentemente, decidiu que um dos que devia desaparecer seria o que comemorava o dia da implantação da República – o 5 de Outubro!

Estes são alguns dos ingredientes que temos, que muito se assemelham aos de 1910!

E se não se espera que alguém tenha que ir à varanda da Câmara de Lisboa, proclamar o que quer que seja, espera-se e deseja-se, que alguém tenha o bom senso de parar com este descalabro.

Enquanto é tempo!

 

O.C.

04.10.12

Este governo C.I.A.!


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Vitor Gaspar falou! E, como é habitual, fê-lo para anunciar mais um aumento de impostos. Aliás, este ministro das finanças fez o que sabe fazer, a pensar, principalmente, no impacto externo das medidas, para Troyca ver, com total desprezo pelo impacto interno, nas famílias e nas empresas.

Um governo de mentira, de uma insensibilidade social a todos os níveis, com uma incapacidade total para encontrar caminhos capazes de nos tirar do fosso em que nos encontramos, que ataca ferozmente os rendimentos do trabalho, que não quer reduzir os gastos da máquina de uma administração central devoradora, que teima em manter todas as benesses e privilégios de uma franja social que parece estar acima de todos os sacrifícios a que os portugueses estão a ser submetidos, que insiste no roubo de uma classe média (!?) cada vez mais debilitada, dos pensionistas e reformados, que continua a conduzir o fragilizado estado social para o ponto zero, com cortes sobre cortes na educação, na saúde e nas prestações sociais.

Este é um governo que tem que ser parado!

Não há memória, nas últimas quatro décadas da história do nosso país, que um governo tenha tido uma ação tão antissocial, tão penalizadora da vida dos portugueses como o atual. E, ao que se constata, sem que os sacrifícios que estão a ser exigidos tenham algum resultado positivo! O que revela que aos atributos atrás enunciados tenhamos de acrescentar um outro que, em cada dia que passa, fica mais evidente – a incompetência!

Este é o governo dos Cortes, dos Impostos, da Austeridade! Este é um governo C.I.A.

Um governo que tem que ser parado antes que nos reduza a um país de pedintes!

Já todos percebemos que para por fim a esta governação não podemos contar com o presidente da República!

A menos que as evidências sejam tão “evidentes” que a medida seja inevitável!

E para que a inevitabilidade possa acontecer é preciso não calar a revolta!

 

O.C.