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OuremReal

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28.09.12

A impunidade!


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A sr.ª ministra da justiça disse que o tempo da impunidade acabou.

Ora, se acabou é porque tem existido – conclusão lógica.

O que significa que a sr.ª ministra, a quem não compete fazer justiça, acusou aqueles que têm competência para a fazer – os tribunais - de a não ter feito. Se não, não haveria impunidade!

E significa também que quem sabe que há impunidade, terá de conhecer casos que deveriam ter sido punidos e não o foram. E as “pilantrices” que deveriam ter sido denunciadas! E não o foram!

Também disse que ninguém está acima da lei, o que era escusado ter sido dito, a menos que saiba de casos concretos de alguém que esteja, ou tenha estado, nessa condição e deveria ter dito os nomes.

E que tudo deve ser investigado! Mas qual tudo? Será que sabe de algum caso que deveria ter sido investigado e não o foi?

Outra coisa que a sr.ª ministra não disse foi qual o âmbito temporal desta sua determinação! Ou seja: até quando é que a tal impunidade é/foi consentida? Ou, dito de outra maneira: é só de agora em diante, ou tem efeitos retroativos?

É que, pela minha interpretação, a sr.ª ministra pareceu preocupada com o passado, talvez com algum passado mais próximo, o que, se assim for, não encaixa no ninguém está acima da lei. O que nos pode levar até…sabe-se lá aonde…!!! Porque, ou há moralidade ou comem todos! Como se costuma dizer!

Sobre o que dirão a tudo isto os agentes da justiça…é só esperar para ver! Se é que alguma vez vamos conseguir ver alguma coisa!

Mas se a pressão funcionar, corremos o risco de se desencadear um movimento investigatório tal, que não haja tribunais e pessoal suficientes para tanta investigação e tanto julgamento nos anos mais chegados!

A menos que…aquele princípio de que ninguém está acima da lei seja objeto de uma revisão, alteração, atualização, ajustamento, (uma coisa assim do género) para que seja mais “funcional” e o ninguém possa ser substituído por alguém.

E pronto, fica tudo mais fácil! E legal! Como se impõe!

 

 

O.C.

25.09.12

Memória de peixe de aquário


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O sr deputado do PSD Luís Campos Ferreira inventou uma nova maneira de qualificar uma grande percentagem dos que vegetam na classe a que pertence – a dos políticos! Têm memória de peixe de aquário!

Ora, se bem entendo, um ser humano com memória de peixe só pode ser um ser mentalmente débil, que não servirá para político, a não ser para desempenhar aqueles papéis de fazer rir; muito menos para deputado, de quem se espera responsabilidade na ação, honestidade na decisão, competência na missão.

Então, se for peixe de aquário…parece que o problema fica mais grave, porque a memória fica muito mais curta, do tamanho do aquário.

Este, parece ser o problema do deputado laranja: memória muito curta!

Ao acusar outros de terem memória de peixe de aquário, porque não estão a dizer ámen ao que o governo do seu partido está a fazer a Portugal e aos Portugueses, no pressuposto de que o deviam fazer para “salvar a nação”, este sr deputado “esqueceu”o ainda recente comportamento do seu partido (para salvar o País!!!???), no que se refere ao PEC IV e à intervenção da Troyca, que conduziu a eleições legislativas, como o seu partido queria, que deu os resultados que todos conhecemos e com as consequências que todos estamos a sofrer.

É certo que está a ser mais penoso para uns do que para outros, e com muitos peixes a continuar a viver, comodamente, no seu aquário!

Parece que vai sendo tempo de esvaziar aquários e lançar a “peixarada”ao rio.

Para viverem como o resto do “maralhal” !!!

Pode ser que as memórias refresquem!!!

 

 

O.C

23.09.12

As formigas e as cigarras do sr ministro


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“Portugal não pode continuar um país de muitas cigarras e poucas formigas”,

Palavras sábias (!!!) do ministro Miguel Macedo, proferidas hoje, em Vouzela.

É sempre difícil interpretar as palavras de um político! Porque, quase sempre, querem dizer outra coisa diferente daquilo que significam; se forem de ministro, então a dificuldade aumenta, porque temos que ver bem o contexto em que as coisas acontecem, e … ministro é ministro… e o resto é paisagem!

Ora, então, segundo a fábula, a formiga simboliza quem trabalha, porque passa o verão a procurar alimento para o inverno, enquanto a cigarra simboliza quem não faz nenhum, (porque só o trabalho físico é reconhecido como trabalho e cantar não é trabalhar) e, quando chega o inverno e a necessidade aperta, vai bater à porta da formiga para pedir ajuda.

E, depois, a história pode ter dois desfechos possíveis:

Num, a formiga abre a porta, vê quem é, e ao pedido de ajuda responde com a porta na cara da cigarra dizendo-lhe que, enquanto andou a cantar, fosse trabalhar, cuidar da vida, como ela fez; agora, governe-se!

Noutro, a formiga tem um conceito de trabalho bem diferente, e até acha que o seu trabalho árduo durante o verão se tornou menos penoso, mais agradável, e até rendeu muito mais, por ter sido acompanhado pelo canto melodioso da cigarra; e ao pedido de ajuda, responde… ajudando.

Neste caso em apreço:

O que eu acho é que o sr ministro quis fazer um “bonito” e, acusou a maioria dos seus compatriotas de serem uma cambada de malandros, de não fazerem nada, e quererem viver à custa do trabalho dos outros - as cigarras da frase; enquanto um grupo restrito que trabalha, certamente onde se incluíam todos quantos estavam à sua volta, (nem ele teria coragem para dizer o contrário), constitui o sustento da nação – o grupo das formigas. E não me admiro nada que tenha tido aplausos!

Mas o sr ministro também pode ter querido dizer outras duas coisas bem diferentes!

- Primeira: o peso da consciência foi tamanho que a conversa lhe fugiu para a verdade:

De facto, Portugal tem que ter mais formigas e menos cigarras!

Porque há cigarras que eram formigas e querem voltar a sê-lo!

Porque uma formiga sem trabalho vai acabar cigarra!

Só que a nova categoria de cigarras não é do tipo de não trabalhar porque não quer, é das que não trabalham, porque não têm onde. E estas não se podem tratar com a porta na cara! Quanto às que não trabalham, porque não querem…também deve tratar delas! Como se impõe!

- Segunda: o sr ministro e o governo dele têm um problema de números, e grave! Aliás, vários!

Quase 2 milhões de desempregados! São muitos subsídios de desemprego a sair e milhões, em contribuições para a segurança social, que não entram! E o sr ministro sabe disto! Muito bem! E também sabe, muito bem, a quem compete resolver o problema! E sabe que não é às formigas que viraram cigarras…!!!

E, também sabe, que as formigas que ainda o vão sendo, já não aguentam mais!

E, para terminar, só uma curiosidade:

Em que grupo estará o sr ministro? No das formigas, ou no das cigarras?

 

O.C.

22.09.12

Helicópteros em terra, tempestade no ar!


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O ministro da administração interna mandou parar os 6 helicópteros Kamov que o estado português possui para combate a incêndios!

Motivo: a comissão de inquérito ao acidente ocorrido, recentemente, com um destes aparelhos que combatia os incêndios no norte do nosso concelho, descobriu que existem divergências entre os manuais de instruções destas aeronaves emitidos pelo fabricante russo e os da empresa portuguesa que faz a sua manutenção.

- Primeiro comentário: isto é muito estranho!

A notícia que li não refere que tipo de divergências há entre os manuais. Não se sabe se as diferenças se constatam em versões originais ( ou tidas como tal) ou se são versões traduzidas, copiadas, adaptadas... ou outro problema qualquer! Tão pouco sabemos se a tal comissão de inquérito já terminou o trabalho e apresentou conclusões para que possamos saber se a queda do helicóptero poderá ter tido alguma coisa a ver com o manual, ou não! Uma coisa é certa: cada aparelho destes custa milhões! E andam pessoas dentro deles! Custa acreditar que alguém se ponha a brincar aos "manuaizinhos de instruções"!

- Segundo comentário: Será que o problema é outro?

Não sei quanto custaram os 6 Kamov; não sei quanto custa cada hora de trabalho de cada um; nem sei quanto custa a sua manutenção; não sei se são a melhor solução para o problema - ou seja, se são o meio mais eficiente para apagar fogos, com menor custo e mais rendimento! Não sei nada disso! Quem decidiu a compra deve ter-se ocupado disso tudo, porque se não o fez devia tê-lo feito.

O problema é se, agora, alguém está a chegar à conclusão que a solução Kamov não foi (?) a melhor. Ou, pior ainda (ou talvez não), se pode haver outra solução que possa ser mais interessante para "alguém". E, aqui, conforme o "alguém", podemos atenuar ou agravar o problema. Porque se se chegar à conclusão que este tipo de helicóptero não é o ideal para o objetivo em vista e há uma solução para que os cofres do estado poupem algum dinheiro, então não é preciso descobrir divergências nos manuais e, parem-se os helicópteros, vendam-se, troquem-se, faça-se qualquer coisa - desde que melhor! Mas se o problema for o mesmo das empresas públicas - enquanto públicas dão prejuizo, porque se forem privatizadas já dão lucro - então a música é outra e percebe-se onde nos vai levar esta melodia: o estado não tem "vocação" para  ter helicópteros para combater fogos, porque para isso temos empresas privadas que o fazem "muito bem" e cobram o dinheiro que for preciso e o estado paga. E também não sei, nem quero saber, de quem são as empresas privadas que já têm dezenas de helicópteros a combater fogos e a serem pagos com o nosso dinheiro! Nem quanto isso custa!

Mas vamos ter gente com "patriotismo" mais do que necessário e suficiente para encontrar a melhor solução...!!! Não tenho dúvidas!

- Terceiro comentário: As nossas forças armadas, em geral, e a força aérea, em particular, (e a marinha que também tem helicópteros) servem para quê?

Então, para falar só de helicópteros, a força aérea, não tem, ou não podia ter(?) os helicópteros, e os pilotos, e os mecânicos, e o que mais fosse, para a manutenção toda, para este trabalho dos fogos, como tem para outras tarefas bem importantes, e outras mais que ainda poderia ter para apoiar as populações?

Ou será que o orçamento fica mais caro quando se trata de forças armadas e tem que se cortar, custe o que custar, e tudo fica mais barato quando se tem que pagar a empresas privadas?

Ou será que o problema é (ainda) outro?

Esperemos! E talvez cheguemos a perceber se a tempestade chegou a existir, ou se tudo não passou de uma borrasca!

 

O.C.

 

 

15.09.12

A banca e o semáforo


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A notícia diz:

“A partir de 1 de Janeiro de 2013, as famílias que tenham créditos em incumprimento ou que apresentem sinais de dificuldades em cumprir os seus encargos junto da banca estarão mais protegidas”, segundo medidas aprovadas pelo conselho de ministros para proteger as famílias em dificuldades económicas.

É, assim, como que a criação de um semáforo numa estrada:

“Sinal amarelo” – se o consumidor ainda não entrou em incumprimento, mas para lá caminha – o banco é obrigado a avisar o consumidor e encontrar medidas para o ajudar a superar as dificuldades.

“Sinal vermelho”, - quando o consumidor entra em incumprimento – o banco é obrigado a entrar num processo de resolução extra judicial, antes de se avançar para a via contenciosa.

Os bancos que não cumprirem incorrem em coimas que poderão ir de 3 000 € a 1,5 milhões de €.

Ou seja: A raposa, que assalta capoeiras e come galinhas para se governar, fica, ela própria, incumbida de proteger a mesma capoeira e defender as ditas galinhas!!!

Claro que estaríamos perante uma história comovente se acreditássemos que o Pai Natal, vem, em cada ano, por aí abaixo, com um trenó puxado por renas, com muitas prendas para os meninos e meninas que se portarem bem! E até desce pelas chaminés!

Mas, como todos sabemos que o Pai Natal não se mete nessas coisas…fica tudo mais complicado!

E a primeira pergunta que ocorre é:

- Esta medida protege mais o banco ou o consumidor?

Parece óbvio que o banco é o mais protegido – nada o impede de manter uma publicidade agressiva, com mais ou menos subterfúgios, nem sempre clara, que muitas vezes leva ao engano dos mais incautos ou atira para o precipício os mais aflitos; continua a estabelecer as “suas” margens de lucro e a impor as suas regras e as cláusulas dos seus contratos e o consumidor pega ou larga; só tem liberdade para mudar de moleiro… de resto… pouco ou nada muda!

Ao alertar o consumidor para o perigo do incumprimento, não é por piedade para com ele, é porque o crédito malparado, consequência da gestão incompetente, gananciosa e ruinosa ao longo dos anos levou à situação que todos conhecemos.

E outra pergunta é:

- Quem vai suportar os custos das tais “medidas que ajudem a superar as dificuldades”?

O banco? Claro que não! Por muitas voltas que o mundo dê…o consumidor pagará, (os que pagam, claro!) sempre, a fatura. Em 10 anos, em vez de 5,ou 15 em vez de 10, ou doutro jeito qualquer, mas sempre, com os respetivos juros. Que o banco estipular!

E, finalmente:

- Então esta lei não tem nenhuma utilidade para o consumidor?

Muito pouca, mas sempre tem! Mais para os distraídos que ficam a saber que escorregar é, neste caso, o mesmo que cair; só pode haver alguma diferença no tamanho do trambulhão! Correspondente à diferença de tom do amarelo para o vermelho do tal semáforo!

E a pergunta escusada:

Por que é que um conselho de ministros perde tempo a fazer uma lei destas?

1º - Para fingir que está preocupado com as dificuldades económicas dos portugueses;

2º - Para proteger os bancos, principalmente;

3º - Porque sabe que os portugueses ainda não perceberam por que motivo se injetam 6 mil milhões de euros num banco falido para depois o vender por 40 milhões e não deve querer repetir mais cenas destas;

4º - Porque no sistema em que vivemos é normal que os bancos tenham uma função social que consiste em viver à custa da “resolução” das dificuldades económicas das pessoas, dificuldades essas que, em muitos casos, são criadas pelos próprios bancos e, quase sempre, direta ou indiretamente, em consequência das políticas dos governos.

 

O.C.

13.09.12

"super low cost"


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Leio aqui na "concorrência" um comentário com o título "propaganda super low cost", um escrito que vem na linha do "política à fariseu", e outros do género, que muito aprecio, uns e outros, principalmente, porque nos tempos que correm é bom termos alguma coisa que nos divirta e, além disso, é de louvar o esforço que algumas pessoas fazem para branquear (fazer esquecer) o que não dá para esquecer.

Existe, claramente, uma campanha contra "o pessoal eleito pelo PS para a Câmara Municipal", como alguém gosta muito de referir, (não sei se para o distinguir do outro pessoal do PS que não foi eleito para a Câmara Municipal, ou mesmo do que não foi eleito para lado nenhum). Mas nota-se que a campanha visa, especificamente, o presidente.

Compreendo que, por razões ideológico-partidárias,mais partidárias do que ideológicas, o PS seja muito incomodativo, para muita gente. E que o alvo a "abater", passe a expressão, seja o atual presidente da Câmara, provável candidato do PS às eleições autárquicas de 2013. O que, a confirmar-se, constituirá um dos grandes obstáculos às pretensões do PSD, para regressar ao poder onde esteve mais de 20 anos. E digo "um dos obstáculos", porque outro grande obstáculo chama-se, apenas, PSD, ele próprio. Mas isso é assunto para outra conversa! Se valer a pena!

Mas regressemos ao que me trouxe aqui: o tal "low cost".

Normalmente a expressão é usada com intenção depreciativa, sinónima de má qualidade; quando a tradução à letra quererá dizer, mais ou menos, baixo custo. Não sei qual a intenção do autor do escrito: se considerou a dita "propaganda" de má qualidade, se a considerou de baixo custo, ou se a considerou má e barata. Provavelmente foi isso mesmo!Má e barata!

Quanto ao ser boa ou má, quase sempre é uma coisa para quem a aprova, a aplaude, a acha acertada e o contrário para quem entende, ou quer entender, que assim não é! Tanto quanto sei, a "propaganda" visou, essencialmente, fazer o enunciado do que foi feito! Confrontar com os objetivos que tinham sido traçados; o que foi feito, o que ficou por fazer, e os porquês dos desencontros. Não é só uma necessidade! Acho que é um dever! Para com todos os munícipes, em geral, e para quem votou nesta maioria, em particular! E devia ser feito no final de cada ano! Com muita clareza, para que ninguém ficasse com dúvidas! Daí que, chamemos-lhe "propaganda" ou outra coisa qualquer, aprovo o procedimento no sentido em que é, ou deve ser, uma prestação de contas. Correndo o risco de uns a acharem de má qualidade, portanto, "low cost", quanto ao conteúdo. Aliás, tanto quanto me apercebo, o autor do escrito a que faço referência não critica casos concretos da gestão a que a tal "propaganda" se refere, pelo que deduzo que não foi esse o objetivo do mesmo.

No que respeita à substância, ao valor material, não haverá muito para comentar. É mesmo "super low cost", uma forma muito british de dizer "pelintra". Certamente que era mais atrativo, como no tempo do PSD, aquela revista toda colorida, com boa apresentação, quase familiar, distribuída por tudo quanto era sítio e quem não se contentava com uma levava duas ou três. Era até fartar! E quanto custava!!! Eu não sei responder! Mas barata, não era, de certeza! E também nunca foi objeto duma crítica destas!

Atendendo ao contexto, não vejo por que motivo se poderá criticar a publicação, tal como foi feita!

E, quanto ao "low cost", tenho dito!

Quanto aos "ataques" ao pessoal do PS na Câmara, e ao presidente: não sou advogado de defesa nem duns, nem doutro; se estivesse no lugar deles faria algumas coisas de maneira diferente do que eles fazem; provavelmente, pior, mas diferente! Até ao momento, não tenho conhecimento de atos de gestão que me levem a por em causa a sua honestidade; daí a surpresa pela agressividade de alguns dos "ataques"; não conheço atos de gestão grave lesivos do património, nem do orçamento municipal, nem do bom nome da nossa terra; nunca vi, no passado recente, tal agressividade perante os executivos municipais que se têm sucedido! E, talvez, tenha havido motivos bastantes!

Daí este meu desabafo!

A crítica, desde que justa, nunca fez mal a ninguém! Portanto, se assim for, siga!

 

O.C.

 

 

 

 

09.09.12

Impostos


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O governo, através dos serviços do ministério das finanças, manda proceder à reavaliação dos imóveis para que sejam atribuídos valores patrimoniais mais elevados e, em consequência, maiores valores tributáveis. Objetivo : mais impostos!

 

As autarquias municipais desencadeiam a guerra das taxas, neste caso a do IMI (imposto municipal sobre imóveis), na mira de conseguir a mais elevada possível, dentro dos limites que estão estipulados, que será aplicada sobre o valor patrimonial tributário de que o ministério anda a tratar. Objetivo : mais impostos cobrados e mais receita para os orçamentos municipais!

 

Os bancos, por sua vez, vêm baixando, mês após mês, o valor atribuído a cada metro quadrado dos imóveis para habitação, de modo a financiarem, da maneira mais baixa e mais rentável possível, a aquisição de imóveis, por parte daqueles que, por dificuldades financeiras, a eles se vêem forçados a recorrer. Objetivo : ganhar mais arriscando menos!

 

O meu comentário, na qualidade de contribuinte, pagante, e analfabeto no que respeita a formação em economia:

 

Sobre o que o ministério das finanças faz: Não confio na justeza das avaliações de gabinete; depois, suspeito que as dificuldades impostas a eventuais reclamações tenham como objetivo desmotivar os potenciais reclamantes, por um lado, e por outro, tirar ainda mais algum proveito financeiro do contencioso. Afinal, o sistema não está ao serviço do contribuinte. É ao contrário!

 

Sobre o comportamento autárquico: Eu sei que não há dinheiro! Mas também sei, todos sabemos, que se não há dinheiro é porque alguém gastou mais do que devia! Mesmo que aqueles que desbarataram, estejam numa boa, nem sabem de nada, e até se dão ao luxo de vender moral…

Mas, não pode valer tudo! Não há, não se gasta! É preciso explicar, muito bem, em cada momento, a toda a gente, a verdade da situação. A transparência não pode, nunca, ser esquecida, mesmo que alguém insista na tática da cortina de fumo.

E mais uma coisa:

Abdiquem de toda a despesa supérflua! E não tenham medo de correr o risco de perder as próximas eleições! Afinal, perder por uma boa causa nunca foi desonra para ninguém!

 

Sobre o comportamento da Banca, em geral: Parto, sempre, do princípio de que os bancos vivem à custa do que me/nos “dão”. Logo, quanto mais me “derem”, mais me vão tirar. E como são eles que impõem as regras, é pegar ou largar!

Até há uns tempos atrás eram uns “mãos largas”; precisa de 100? Então não quer 130? Olhe que ainda dá mais para isto, e para aquilo… veja lá!

Tanta borrada fizeram, que a coisa deu no que deu!

Crédito malparado a perder de vista! Casas devolvidas às carradas! Bens vendidos em praça ao desbarato! Famílias endividadas e muitas destruídas! E o que mais se sabe e vai sabendo, cada vez que D. Pedro abre a boca!

E o que é que lhes aconteceu?

NADA !!!

E se for preciso acontecer alguma coisa… só pode ser o orçamento do Estado, o nosso dinheiro, a ir tapar buracos!

Portanto, sobre Banca, estamos falados! Como se costuma dizer: dão um chouriço a quem lhes der um porco gordo! Antigamente, na minha terra, aos que faziam este tipo de negociata chamávamos agiotas. Também não havia bancos…!!!

Acho um escândalo que continuem em roda livre, a fazer o que muito bem lhes apetece, nem que seja a determinar, a impor, o valor comercial das casas dos outros como se estivessem a gerir a sua própria quinta.

Porque, infelizmente, há leis que permitem que isto aconteça!

 

O.C.

07.09.12

IMI


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Os vereadores do PSD, na Câmara Municipal, apresentaram uma declaração de voto sobre a fixação das taxas do IMI para o ano 2013.

Estão preocupados com aquilo que os contribuintes, os que têm casas e/ou terrenos, terão de pagar em 2013.

Dizem os senhores vereadores que, por força da reavaliação de imóveis que está em curso, confirma-se um aumento muito elevado dos valores a pagar, comparativamente com o ano anterior.

Não dizem se concordam ou não com esta ação de reavaliação que está a ser levada a cabo por decisão do seu governo, a tal que, como reconhecem, vai conduzir ao aumento elevado dos valores a pagar.

Acusam o atual executivo municipal de estar, ano após ano, a subir a taxa que irá determinar o imposto a pagar. Segundo afirmam, em 2010 subiu de 0,30% para 0,35% e em 2012 subiu para 0,375%; e dizem, ainda, que isto representa um aumento de 25 pontos percentuais em relação ao executivo anterior.(?)

Assim, propõem que o município baixe a taxa para os valores de 2011 e que eram 0,35%.

E ameaçam que, se assim não for, votam contra.

 

O meu comentário:

 

- Se eu fosse vereador da Câmara Municipal, ou membro da Assembleia Municipal, votaria contra qualquer aumento da taxa do IMI na atual conjuntura; e faria proposta no sentido de fazer aprovar uma moção a enviar ao Governo, Assembleia da República e Presidente da República a repudiar as reavaliações em curso (mesmo sabendo que isso de nada valia).

- Não entendo a posição dos srs vereadores do PSD. Primeiro, devem ter omitido qualquer coisa na sua exposição, porque fico sem saber se 25 pontos percentuais são o mesmo que 25%, ou se são outra coisa! Depois, não se incomodam com o que o governo faz e acham uma enormidade a diferença da taxa municipal de 0,35% para 0,375%. A título de exemplo: um valor de 30 000€ tributado à taxa de 0,35% dá um imposto de 105 euros; a mesma quantia à taxa de 0,375% dará 112,5 euros. Uma diferença de 7 € e meio, se não me enganei nas contas! É muito? É pouco? Dependerá do ponto de vista de cada um! Eu votaria contra, como já disse, não pelos 7,5€, que não considero nada de muito grave, mas porque acho inoportuno.

- Depois, o que dizer das reavaliações em curso? Toda a gente conhece os critérios que estão a ser usados? Toda a gente sabe quanto custa uma eventual reclamação se não se concordar com o “brinde” que nos chegar? Sabem quanto pode custar o IMI dum casebre a cair, com três assoalhadas? Quantos proprietários estão a ser convocados para estarem presentes no “suposto” ato de avaliação do seu imóvel?

- Eu não sei responder a nada disto! Pelo menos o suficiente para não estar preocupado!

Certamente que o srs vereadores do PSD sabem e, por isso, não estão preocupados com esta parte!

- Pelo que me toca, estou muito mais preocupado com as reavaliações em curso do que com a diferença entre 0,35% e 0,375%!

E não estou rigorosamente nada preocupado com o lugar que me vai caber em resultado das próximas eleições autárquicas!

 

O.C.

03.09.12

A nossa guerra civil!


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Segundo dados divulgados, os acidentes rodoviários no nosso país causaram, nos primeiros oito meses do corrente ano, 395 mortos, 1377 feridos graves e 23 124 feridos ligeiros. Considerando que alguns dos feridos graves acabaram por falecer, estaremos perante números assustadores de mais de 50 mortos, por mês, em média, nas nossas estradas, para além das muitas maleitas, lesões, doenças e deformações que marcarão, em muitos casos, o resto da vida de muitos dos feridos.

E isto dá que pensar! E tem que ter consequências imediatas! Em cada um de nós!

Quais os fatores que podem concorrer para que o acidente aconteça?

Em primeiro lugar, o condutor; depois o veículo; a seguir a estrada e as condições atmosféricas e, como em tudo na vida, o imprevisível. Ou o azar que, de vez em quando, nos bate à porta.

Embora os dados estatísticos não nos digam as causas dos acidentes, julgamos não nos enganar se dissermos que a grande percentagem das causas estará do lado do condutor: velocidade excessiva, manobras perigosas, falta de perícia, desrespeito pelas regras de trânsito e falta de civismo para com os outros; e tudo isto é regulável pelo condutor! A velocidade tem que estar de acordo com as circunstâncias e a manobra só se fará se houver garantia de a fazer com êxito; porque o condutor tem que ter a noção da sua capacidade, da sua maior ou menor perícia, das condições da estrada e das condições atmosféricas e adequar a sua condução a todas essas condicionantes.

E esta é a parte difícil da aparente fácil tarefa de ser condutor - saber adequar a condução às condições que temos.

Com uma certeza porém: a euforia e o excesso de confiança nunca foram boas amigas do condutor! Antes pelo contrário!

Saibamos, pois, pôr a mão na consciência, ou seja, mãos no volante e pés nos pedais com a cabeça no sítio.

Porque 50 mortes por mês, são 600 por ano, é muita tristeza, é muita família destruída, é muito luto! Para nada!!!

É uma autêntica guerra civil que estamos a travar contra nós próprios e que nunca terá vencedores, porque perderemos todos!!!

 

O.C.