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OuremReal

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12.08.12

Submarino ao fundo


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Onde raio é que foram parar os documentos do negócio dos submarinos?

E onde é que esses documentos deviam estar e não estão?

E quem é/era/devia ser responsável pela pasta, dossiê, disquete, disco, pen, ou coisa parecida, onde estavam/estariam/deviam estar guardados?

Ou estavam na "nuvem"? À guarda de um hipotético guarda celestial que se esteve nas tintas para as recomendações e preocupações do ministro da pasta e, durante o seu quarto de sentinela, se deixou passar pelas brasas e permitiu que o inimigo se apoderasse do tesouro?

Então! E agora como é?

Se isto acontecesse num país a sério, era uma chatice! O guarda, por mais celestial que fosse, estava feito num oito! O ministro ia à vida e tinha que se desembrulhar, custasse o que custasse, como diz o outro! E o responsável pelo serviço onde deviam estar os documentos estava, no mínimo, fechado, até se lembrar do que fez aos ditos.

Como isto acontece no mais descentrado dos periféricos, onde a corrupção entrou na dieta mais básica dos indígenas...não acontece nada!

Quando muito: se não há documentos, não avança o processo! Se não pode avançar o processo, não pode haver julgamento! Arquive-se!

Se não houve julgamento, não se apurou a culpa! Se não houve culpado é porque não houve crime!

Então se não houve crime, processe-se quem levantou a calúnia de que teria havido irregularidades na compra dos submarinos! E é bem feito!

Já agora: os submarinos existem?

 

O.C. 

04.08.12

4 de agosto!


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4 de agosto de 1578!

Foi há 434 anos que o exército português foi derrotado em Alcácer Quibir.

Uma data e um acontecimento que não esqueço, desde os bancos da escola, com todo o dramatismo com que a narrativa nos era transmitida e especial ênfase que era posto na morte do próprio rei(ou no seu desaparecimento)e na consequência imediata que o acontecimento ditou que foi a perda de milhares de vidas e de todo o investimento que foi feito na expedição; e na outra consequência, a curtíssimo prazo, que foi a perda da independência a favor dos espanhóis, logo em 1580; e nas outras consequências todas que se seguiram ao longo dos 60 anos de ocupação e nos anos subsequentes até que nos víssemos livres de espanhóis, holandeses, ingleses, franceses e outros fregueses...

O que os manuais escolares não nos diziam era a verdadeira razão, ou razões, por que fomos para Alcácer Quibir, como foi preparado o nosso exército, que estratégia foi usada e o porquê da presença do próprio rei no campo de batalha.

E se os manuais não diziam é porque, certamente, não era importante!

Ou, talvez, para não ficarmos ainda mais envergonhados!

Porque sofrer um vexame desta natureza, só porque um rei fanático, lunático e impreparado entende que tem que acabar com os "infiéis"; mais uma burguesia endinheirada que acha que as negociatas da ìndia e do Brasil já não chegam; mais uma nobreza que anseia por guerra, porque não sabia o que havia de fazer à sua inutilidade...digamos que não há patriotismo que aguente! Porque o povo não contava! Era carne para canhão, e pronto!

Mas mudam-se os tempos, os contextos e as vontades também!

Eis-nos chegados a 4 de agosto de 2012!

Já não vamos para Alcácer Quibir!Nem para lado nenhum, fazer guerra nenhuma! Aqui, já melhorámos!

Já não estamos (só) ocupados por espanhóis! Estamos ocupados por tudo quanto é bicho careta, da Europa e fora dela, troykianos ou não troykianos, americanos, chineses, angolanos etc e tal! Aqui, piorámos!

Já não temos um rei lunático, fanático, impreparado! Temos uma carrada de gente inútil que ainda dá mais prejuizo e que continua a gozar com o povo! A única diferença é que o rei não era escolhido por ninguém; sempre se evitava aquela despesa das eleições e não tínhamos que ouvir as babuseira e as mentiras das campanhas eleitorais; e os que andam por aí são escolhidos pelo povo, alegremente, para depois ter de os sustentar e de lhes aguentar as canalhices todas que lhes vierem à cabeça!Aqui, não tenho a certeza se ficámos melhor!

Bem, continuemos, com calma!

60 anos é muito tempo!

 

 

O.C.