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OuremReal

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30.05.11

Previsível!


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Tudo como previsto!

A campanha eleitoral em curso é uma vergonha!

É suposto que as campanhas eleitorais sirvam para que os partidos políticos e os respetivos candidatos a deputados possam apresentar os seus programas de ação, anunciar as medidas que pensam apresentar para resolver os múltiplos problemas que o país enfrenta, a maneira como acham que essas medidas devem ser implementadas, os prazos e as implicações das mesmas. Era o mínimo que se esperaria. Mais ainda: que tivessem a capacidade de confrontar ideias, de uma maneira clara e civilizada, de modo a que os eleitores pudessem sair informados e com uma opinião fundamentada para decidir o seu voto. Só assim se justificaria que houvesse uma campanha eleitoral. Só assim se pode aceitar, mesmo com todas as reticências que quisermos, que se derretam milhões de euros, que boa falta fazem, neste tipo de ação.

Pois era! Era para ser, mas não foi! Nem vai ser!

Da extrema direita à extrema esquerda, nos 360 graus do espetro político nacional, dos da 1ª divisão aos da 2ª, na representação parlamentar, até aos que nem entrada têm na Assembleia da República, não se aproveita um, para amostra!

Todos aproveitam a oportunidade para dizer coisas, banalidades, lançar críticas, acusações, animar as respetivas hostes, confundir, capitalizar votos.

Nenhum tem a coragem de enumerar as medidas a que o governo fica/está obrigado, por imposição externa, muito menos diz como vai resolver cada problema e os custos que isso acarreta para todos os Portugueses.

Arruadas, almoços, jantares, feiras e mercados, beijos e abraços, bonés com pala, sem pala, e até de palha, muita demagogia, muita impreparação; de manhã diz-se que é assim, à tarde já é mais assado e à noite tanto pode ser cozido como grelhado; é conforme o auditório, a hora e o lugar;

Muita falta de consideração por um povo e por um país que precisam de gente capaz! E ser capaz, tem que passar por atributos como honestidade, competência, seriedade, solidariedade, dedicação, responsabilidade e respeito pelos outros; (para poder ser respeitado).

Provavelmente estamos a ter aquilo que merecemos! Mas não é, seguramente, aquilo de que estamos a precisar!

Como se tudo isto não bastasse, temos uma comunicação social, que, de um modo geral, não consegue, não sabe, ou não quer ser responsável, construtiva e imparcial, com as televisões na primeira linha, e que vai amplificando tudo o que de mais negativo vai acontecendo. É uma câmara, um microfone, ou ambos, em cima de cada protagonista, a apanhar o que se diz, o que se faz, quase o que se pensa, para que, a seguir, os comentadores de serviço, os opinadores, os experts que sabem sempre tudo de tudo, cada um com a sua partidarite, mais ou menos refinada, continuem, por mais não sei quantas intervenções, programas, debates, ou conversas da treta, a preencher horários, captar audiências, a sustentar este faz de conta em que vamos vivendo.

E a dívida a subir em cada minuto que passa! Porque estas duas semanas, como tantas outras semanas, não estão a ser mais do que um exercício de perder tempo e desbaratar dinheiro, que em nada contribuem para que as exportações aumentem, para que consigamos produzir mais e melhor, para que diminua o desemprego, para que as condições sociais melhorem, ou, pelo menos, não se degradem ainda mais.

E a festa promete continuar até 5 de Junho! Com esta semi-embriaguez coletiva!

Depois, no dia 5, à noite, uma parte deste coletivo, vai levar essa embriaguez ao extremo e vai festejar. Não se sabe, nem eles saberão, bem o quê! Para que no dia 6, o tal coletivo caia, definitivamente, na realidade e comece a fazer contas à vida.

E talvez acorde!

Ou será que vai continuar a achar que não tem nada a ver com o que está a acontecer e que a culpa é toda dos outros!?

 

O.C.