27.01.11
Cidadania
ouremreal
De facto, não sei, ao certo, por que motivo houve pessoas que, por não saberem o número de eleitor, também não sabiam qual a assembleia de voto onde se deveriam dirigir para votar e, por essa razão, segundo julgo perceber, não puderam votar no passado dia 23.
Ao que parece ninguém sabe. Ainda!
Entretanto:
- O Ministro da Administração Interna, depois de pedir desculpa aos lesados, mandou abrir um inquérito para apurar as causas.
- O Diretor Geral da Administração Interna e o Diretor da Administração Eleitoral pediram a demissão dos respectivos cargos.
- Aquele senhor advogado que sabe sempre tudo diz que as pessoas que não puderam votar podem pedir uma indemnização ao Estado.
- Os outros senhores e senhoras, que também sabem sempre tudo, Macedos, Magalhães, Relvas, Pintos, Filipes e C.ia, querem que o Ministro se demita.
O que significa que está aberto mais um capítulo da nossa novela de cada dia.
E, enquanto houver circo, uns divertem-se, outros distraem-se, outros aborrecem-se, outros fazem figuras tristes, e a grande maioria vai pagando a festa.
Se bem entendo:
- Este problema só se põe para quem muda de residência, ou para quem entra pela primeira vez nos cadernos eleitorais.
- O cartão do cidadão não tem o número de eleitor. E toda a gente sabe.
- O recenseamento é automático na freguesia da residência que consta no cartão. E também toda a gente sabe isso.
Porque:
- Quem não sabe (e quer saber) o número de eleitor pode informar-se na Junta de Freguesia da residência.
- Quem não sabe (e não se quer incomodar), deixa andar e espera que alguém resolva.
- Quem não sabe e gosta de complicar, apresenta-se para votar e quer que alguém tenha a varinha mágica e pachorra para o aturar.
É verdade que com os “simplexes” todos que por aí andam, e com os telemóveis todos que existem, e as internetes em cada canto, ou, se necessário, um simples postal, já era muito bem tempo de cada cidadão, quando o seu recenseamento se concretiza, ser informado, com uma simples mensagem, do seu número de eleitor.
Isto parece elementar, mas, pelos vistos, não é.
Ou, ainda, cada freguesia ter os seus eleitores, num sistema informático restrito, de modo a poder resolver, localmente, hipotéticas dúvidas. Nem sei se isto é possível!
No entanto, e porque assim não é, isso não retira, a ninguém, o dever de se dirigir, atempadamente, à sua Junta de Freguesia, e saber qual o seu número para poder saber onde vai exercer o seu direito de voto.
É uma questão de cidadania e de responsabilidade, também!
O.C.