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OuremReal

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28.11.10

A mão divina


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O sr Alberto João já tem idade para ser “gente”!

Mas teima em ser useiro e vezeiro na arte da alarvice!

Desta vez meteu a mão de Deus na sorte que sorriu aos seus conterrâneos com o euromilhões, afirmando que foi para os compensar pelo roubo que os socialistas têm feito à Madeira.

Realmente, se não tivesse ouvido não acreditaria que alguém fosse capaz de engendrar uma bacorada destas.

Não disse qual foi a mão divina que deu os milhões aos madeirenses, mas, certamente, que não foi a mesma que, há uns tempos atrás, lançou as tempestades que tiraram a vida a umas dezenas deles e destruíram meia ilha.

Pela conversa deste sr, tudo leva a crer que a primeira seria a mão direita e a segunda a mão esquerda; esta será, digo eu, mais dada a desgraças no imaginário deste ilhéu.

 

O.C.

21.11.10

"Paz sim", "N.A.T.O. talvez"!


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Ontem cruzei com alguns apoiantes do “Paz sim, N.A.T.O. não” que, cartaz debaixo do braço, iam uns, vinham outros, certamente para dar força à contestação contra a cimeira que parou e incomodou meia Lisboa durante dois dias.

Aquele vaivém deixou-me a ideia de que havia alguma escala de serviço, chamemos-lhe isso, de modo a que houvesse renovação dos intervenientes e a manutenção, em contínuo, de uma atitude hostil que se pretendia activa e bem visível, debaixo do olhar atento do helicóptero que pairou, todo o tempo, sobre a Av. da Liberdade, ora indo até ao Marquês, ora descendo até aos Restauradores.

Não sei se os ditos portadores estavam conscientemente solidários com os dizeres dos cartazes, se estavam convictos do que é a N.A.T.O. e para que serve, ou se estavam em cena só porque sim.

Não sei, nem é importante que saiba. Para o caso, cada um saberá de si! Ou assim devia ser! Pelo que me toca e porque a proximidade de ontem com uma Lisboa diferente me pôs a refletir sobre o assunto, (para além do que é normal), aqui fica uma opinião que valerá tanto como qualquer outra, ou que não terá mesmo importância nenhuma:

- A primeira ideia que fica é que não havia necessidade de tanto aparato, tanto incómodo para os lisboetas, tanta ostentação, para, afinal, fazer o que já estava feito; tantos chefes de estado e de governo, mais secretários de estado, mais presidentes disto e daquilo, mais comitivas a perder de vista, quando uma “dúzia” de pessoas, devidamente mandatadas, teriam feito outro tanto.

- A segunda é que o eventual prestígio para Portugal, com todas estas ilustres personalidades, com todo o sucesso que esta organização possa ter tido, com os rasgados elogios que se ouviram, não resolve os nossos problemas mais urgentes, antes se corre o risco de que os ajudem a agravar. Porque as festas têm custos…

- Em terceiro lugar e não sendo incondicional apoiante do “Paz sim, N.A.T.O. não”, considero-me mais do “Paz sim, N.A.T.O. talvez”.

E porquê?

- Pela simples razão de que de nada adianta sermos “pacifistas” se outros puderem não o ser. E ninguém é ingénuo ao ponto de pensar que o nosso pacifismo será capaz de “comover” os que só têm como arma a violência. E estes existem, independentemente das causas que os levem a agir assim!

- E porque serei pelo “sim” enquanto a N.A.T.O. for uma organização de defesa dos países que a integram, no justo equilíbrio dos seus interesses e no respeito pelos interesses dos outros;

- Serei pelo “sim” ainda que a sua existência seja útil, apenas, como força dissuasora;

- E porque serei pelo “não”, enquanto a organização resvalar para a tutela dos mais poderosos e proceder de acordo com os interesses desses, comprometendo equilíbrios locais, regionais ou mundiais;

- Serei pelo “não” se se passar à teoria futebolística de que a melhor defesa é o ataque, sem que isso seja devidamente comprovado e aceite, depois de devidamente avaliados os riscos de tal procedimento; a todos os níveis!

Ainda hoje não sei se Bin Laden existe ou não; se está no Afeganistão ou em Marte; se valeu a pena ter destruído o Iraque, nem para que serviram as mortes todas que vêm acontecendo por todo o lado.

Também sei que democracia e guerra são “coisas” mais ou menos incompatíveis…

 

 

O.C.

21.11.10

Um bom negócio(?)


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Afinal, acaba por ser um bom negócio!?

Os blindados para a PSP deveriam ter chegado a tempo da cimeira da N.A.T.O. É o que se diz!

Mas não chegaram. Parece que ainda estão em Espanha. É o que se diz!

Pelos vistos, não fizeram falta nenhuma!

Por um lado, não haveria ameaça que justificasse mais seis blindados, porque o desequilíbrio de forças era tal que mal parecia meter blindados no caso.

Por outro lado, os profissionais da polícia mostraram que fizeram muito melhor o trabalho de casa do que os profissionais da agitação que pareceram demasiado amadores para justificar tanto alarido.

Também o facto de os tais blindados não terem chegado a tempo permite ao Estado ser indemnizado numa terça parte do custo dos mesmos, ou seja, pagar menos 33,3% dos tais 1,2 milhões de euros. É o que se diz!

E ainda: por terem ficado “retidos” em Espanha, impediram que forças de “bloqueio” , através dos seus braços sindicais, muito ativos nestas coisas dos transportes, pudessem cantar vitória com o impedimento do desembarque atempado dos ditos blindados. É o que se diz!

 

Resumindo:

 

Se o que se diz corresponder à verdade,

 

- Os mesmos blindados e mais baratos;

- O problema da (in)segurança resolvido sem dificuldades de maior e sem blindados;

- E uma “ameaça” sindical abortada.

 

Mas...

 

E na medida em que nem tudo se resumirá, simplisticamente falando, às três conclusões citadas, fica sempre uma dúvida: afinal os tais seis blindados, que custam a módica quantia de um milhão e duzentos mil euros (uma insignificância para um país teso que nem um carapau seco), servem para quê?

Ou melhor, estão a fazer falta para fazer, exatamente, o quê? E têm que ser comprados mesmo agora?

É que para se concluir que o negócio foi / será(?) mesmo bom, não há nada como pesarmos bem esta "coisa" do custo / benefício. É o que se diz!

 

 

O.C.

15.11.10

Uma delícia!


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Está a decorrer, neste momento, na RTP 1, um debate entre candidatos a bastonário da ordem dos advogados. É uma delícia ouvi-los!

E depois criticam os políticos ...!!!

Já agora, seria ótimo que fizessem debates deste género com juizes, procuradores e demais intervenientes judiciários!

Para que ficássemos a conhecer, minimamente que fosse, toda esta gente que nos "julga".

 

O.C.

14.11.10

Desperdício


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O sr. Presidente da República, candidato a Presidente da mesma República, disse que não vai colar um único cartaz na campanha que aí está, embora ainda não tenha começado.

Tudo por causa da crise e por respeito aos que dela mais sofrem as nefastas consequências.

Confesso que não sei como é que hei-de entender aquela conversa:

- Se quis dizer que ele próprio não vai colar cartazes, escusava de o dizer, porque é óbvio; alguém o fará por ele.

- Se quis dizer que o dinheiro que se gasta em cartazes é mal empregado, podia ter dito em que é que vai gastar os outros milhões para sabermos se são mais bem empregados do que nos cartazes.

- Se quis penitenciar-se por eventuais desperdícios anteriores, acho que já vai tarde; os seus mandatos de primeiro-ministro não nos tiraram da cauda do pelotão; a sua cooperação estratégica, com os seus “importantíssimos” apelos, vetos e alertas, enquanto Presidente da República, como fez questão de nos recordar, não evitou o estado a que chegámos; nem era suposto que o evitasse.

- Se quis impressionar, ao dar uma de poupadinho…então ficou parecido com o sr. doutor de Santa Comba Dão;

E não havia necessidade! Afinal, as tais poupanças deram no que deram!

Em boa verdade, o desperdício também é uma das causas da situação em que nos encontramos. Mas apenas uma e nem será a mais importante. Daí que o investimento que foi feito no tema pelo sr. Presidente apenas poderá ser entendido como mais um apelo à necessidade que alguns portugueses têm de poupar.

Só que, uns não têm nada para poupar; outros não precisam, porque têm que chegue e muitos pensam que o que têm nunca se acaba; outros, ainda, são cegos e surdos e, como tal, indiferentes ao que se passa à volta.

Se a coisa correr mal, logo se verá! Alguém os há-de aturar! Como de costume!

Em conclusão: A poupança do sr Presidente, não passou, afinal, de mais um desperdício.

De tempo, claro!

 

 

O.C.

13.11.10

Será do IVA?


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Como é que isto é possível!?

Uma dúzia de castanhas assadas, dois euros! Ou seja: 400$00, mais coisa, menos coisa!

O que dá uns 33$33 cada castanha.

Uma castanhita por 33 paus …!!!???

Acredito que os produtores tenham uma trabalheira danada para colher as castanhas!

Que os intermediários se estafem ainda mais para ganhar com o negócio!

Que o carvão para as assar esteja pelas horas da morte!

E que os/as vendedores/as precisem de ganhar ainda muito mais do que aquilo que ganharão com o que vendem!

Mas… 33 escudos por uma castanhita … até tira o apetite!

Também é verdade que ninguém me obriga a comprá-las…

E se tiver que optar entre um papo-seco e uma castanha… vou pelo papo-seco.

Até lá…vou esquecendo a crise e vou aumentar os esforços para não estar, constantemente, a “cambiar” euros para escudos. Porque foi esta mania que me fez descobrir que ando a pagar “bicas” a 200$00 cada uma (um crime!) e água de garrafa mais cara do que a gasolina do carro ( um crime agravado!!).

E o raio do ordenado em vez de aumentar, está a diminuir.

E depois queixam-se que o stress dá cabo da saúde!!!

Ah, pois, só pode dar!!! Da saúde e da carteira!!!

Ou será que é do IVA?

 

 

O.C.