Abrir a internet e “cair” numa página ao acaso é o que acontece, com frequência, a quem usa o computador, quase como uma rotina e, nem sempre com um objetivo pré determinado. É o caso de hoje. Abro e leio:
- Pastor radical americano anuncia a intenção de queimar 200 exemplares do corão;
- Padres belgas violaram 507 menores em 30 anos;
- Deputada da direita italiana acusa outras deputadas de serem prostitutas;
- Padre detido no Brasil com 7000 euros nas cuecas;
- Rei de Marrocos cumpre a palavra.
E apetece comentar, que é a parte mais perigosa disto tudo, porque, ao fazê-lo, corremos o risco de achar bem, achar mal, apoiar, contestar, ou mesmo desvirtuar a realidade dos factos. Mesmo assim, aqui vai:
1º - Por que raio é que o tal sr. Terry Jones, pastor da igreja americana, se lembrou de queimar os 200 livros do islão? Podia queimar uma porcaria qualquer que não “chateasse” ninguém. A mim não me incomoda nada, como, aliás, o tal sr. saberá; mas o que ele também sabe, e isso é que é grave, é que os muçulmanos do mundo inteiro não gostam. E como não gostam, e também já mostraram que são capazes de atrocidades como o 11 de Setembro, não se compreende a utilidade de mais esta provocação. A menos que o sr. Jones já esteja cansado de estar sossegado e lhe apeteça ver aviões a chocar contra edifícios e a matar pessoas que não têm nada a ver com parvoíces de humanos fanáticos.
Parece-me que já começou a corrigir a trajetória…
2º - Bem pode o Papa Bento XVI andar o resto da vida a pedir perdão pelos actos dos seus padres pedófilos que não sei se viverá anos suficientes para conseguir esse perdão. Também não sei, exatamente, a quem é que tem dirigido esses pedidos, porque não sei se existirá destinatário capaz de “suportar” o peso de tal decisão. Agora talvez fizesse jeito à Igreja voltar a implementar a Inquisição, para uso interno, e limpar a casa. Mas, a avaliar pelo que também leio na notícia, não se passará nada; pelo menos de importante; se um dos padres abusadores, agora bispo reformado, tem uma reforma mensal de 2800 euros, está tudo dito.
3º - Pois, a sr.ª deputada, ao criticar a lei eleitoral italiana, diz que essa lei obriga, frequentemente, as mulheres, para obterem uma determinada posição na lista eleitoral, a prostituírem-se ou, pelo menos, a obedecerem à vontade do chefe. Como é fácil de prever, a chuva de críticas não se fez esperar, principalmente da parte das suas parceiras do outro partido de direita, precisamente o do Primeiro-Ministro Berlusconi. Mas, lá que ela o disse, disse. Com ou sem conhecimento de causa é coisa que me escapa.
Certamente que a sr.ª deputada sabia do que estava a falar…
4º - Não consigo perceber por que carga de água o padre, natural da Póvoa de Varzim e muito conceituado no Rio de Janeiro, e mesmo no Brasil, foi apanhado com 52 mil euros espalhados pela mala, bagagem de mão, nas cuecas e nas meias, quando, no aeroporto Tom Jobim, pretendia embarcar para Portugal. Curiosamente, 7000 vinham nas cuecas e nas meias. Claro que uma notícia destas dá para cada um especular como lhe vier à cabeça. O dinheiro tanto pode ser dele, como, por exemplo, de um sobrinho qualquer. Taxista ou não. Mas se era dele, ao assumir um comportamento destes, arrisca-se a que lhe perguntem onde o foi arranjar. Talvez não queira que se saiba… Mas, se as coisas forem como se diz…corre um sério risco de ir bater com as costas no inferno! E com 77 anos, o tempo para se redimir já pode ser escasso.
A menos que se despache!
5º - O rei de Marrocos cumpre a palavra que assumiu de pagar as despesas com os mortos e feridos do acidente ocorrido naquele país com turistas portugueses. Quando teve conhecimento do acidente telefonou à ministra da saúde de Portugal e ordenou que os sinistrados portugueses tivessem total acompanhamento. Disponibilizou 3 aviões sanitários para transportar feridos para Lisboa e pagou o cortejo fúnebre desde Marrocos até à nossa capital. Depois de ter enviado ambulâncias novas, a estrear, para transportar os nossos compatriotas feridos, já que as usadas no dia do acidente estariam em mau estado, Sua Majestade procurou remediar a situação, melhorar a imagem do seu País, como lhe competia e, para aliviar um pouco a dor de quem teve que esperar 45 minutos pelos primeiros socorros, fez o que, talvez, não fosse esperado. Do mal o menos!
Que fosse para impressionar, ou não, saúdo a decisão!
O.C.