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OuremReal

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28.12.09

Oposições


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Tudo está a correr conforme previsto. Ou quase!

O governo minoritário do partido socialista não vai ter vida fácil na presente legislatura.

Primeiro, porque os tempos que correm são suficientemente difíceis, qualquer que seja o governo;

Segundo, porque os socialistas não conseguiram assegurar o apoio de qualquer outro grupo parlamentar para sustentar as suas políticas, ficando à mercê da sua minoria parlamentar e dos interesses e vontades das restantes formações partidárias da Assembleia da República;

Terceiro, porque os socialistas não têm, ou não querem/podem ter, engenho e arte suficientes para apresentar soluções de governação que agradem a tantos opositores;

Quarto, porque as evidências não deixam dúvidas: a verdadeira oposição ao governo está aí, no seu pleno, de Belém a São Bento.

Vem isto a propósito do diploma sobre o novo regime contributivo:

Na Assembleia da República o CDS propôs o adiamento da entrada em vigor do diploma que regula o novo regime contributivo que fora aprovado e promulgado na anterior legislatura.

PSD, Bloco e PCP aplaudem e votam a favor. De nada vale o voto contra do PS, claro.

O Presidente da República, na sequência das objecções já levantadas em Agosto último, promulga o diploma que lhe é enviado pela Assembleia, adiando a entrada em vigor daquele regime contributivo que o governo anterior tinha aprovado.

Até aqui nenhuma surpresa.

O que (me) surpreende é que o Presidente da República faça recomendações ao governo, no sentido de introduzir alterações ao referido regime contributivo de modo a retirar-lhe os aspectos considerados negativos e não tenha tido a preocupação de recomendar aos que aprovaram o adiamento  que apresentem uma solução conjunta que resolva o problema, em alternativa ao diploma defendido pelo PS e pelo governo.

Parece que seria uma solução mais sensata.

E mostraria a verdadeira natureza, objectivos, capacidade e fiabilidade de uma oposição que, sempre que lhe apetece, se vai concertando, neste desconcerto em que se vive, de acordo com interesses tão díspares que, só por milagre ou felicíssima coincidência, terão alguma coisa a ver com unanimidade de pontos de vista.

Para quem não acredita em milagres... restam sempre as coincidências.

Nem que seja numa probabilidade igual à de eu vir a ser o próximo totalista do euro-milhões.

 

O.C.

 

04.12.09

É só uma sugestão!


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Hoje, tive necessidade de pedir uma informação que tinha a ver com cartas de condução e o seu uso fora do País. Pareceu-me que poderia ser esclarecido junto da autoridade que, em certa medida, pode (ou deve) saber  deste assunto e, para tal, dirigi-me a um posto da GNR. Uma porta de vidro com um letreiro que dizia "informação ao público" deixava ver, do lado de dentro, um agente que falava ao telefone e que me fez sinal para entrar. Entrei e foi-me perguntado o que desejava; disse que precisava duma informação no sentido de saber...

e não foi preciso dizer mais, porque o tal agente, que, entretanto deixara de falar ao telefone, me informou que tinha de esperar.

"Aqui dentro ou lá fora, como quiser", disse ele.

Esperei do lado de fora, não fosse a minha presença interferir com o trabalho do sr. agente e como a porta era de vidro viamo-nos, perfeitamente, um ao outro.

Fui esperando, e olhando e vendo que o sr. agente, recostado na sua cadeira, frente à sua mesa de trabalho, passava o tempo de braço esticado na direcção do televisor que estava ao canto da sala, telecomando na mão, certamente a mudar de canal, ou coisa parecida.

É certo que não vi o que estava a passar na televisão, mas admito que fosse suficientemente importante para justificar toda a atenção que o sr. agente dispensava ao tal televisor.

 E, como durante um quarto de hora que ali estive não o vi fazer outra coisa que não fosse olhar atentamente e esticar o braço...concluí que não o deveria incomodar com o tal esclarecimento de que precisava e vim embora.

Mas não posso deixar de fazer um apelo a quem manda nos postos da GNR. Não sei se todos têm televisores para os seus agentes seguirem os programas nas horas de serviço, mas, os que os tiverem, por favor, arranjem uma maneira qualquer de mudar de canal mais fácil, porque estar, ali, de braço esticado, deve ser altamente cansativo!

 

O.C.