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OuremReal

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27.08.09

Soa bem, mas cheira mal!


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Soa bem, mas cheira mal!

É vulgar ouvirem-se comentários sobre o actual número de deputados da Assembleia da República, o que fazem ou não fazem, as regalias que têm, os encargos que daí resultam para o orçamento nacional e, na grande maioria dos casos, esses comentários não são nada abonatórios para a reputação do nosso Parlamento. É fácil perceber que o "Povo" acha que os deputados não valem o que se gasta com eles, são demais, não trabalham o que deviam e, por aí adiante...

Vai daí, a Drª Ferreira Leite, num dos seus números de ilusionismo com que pretende distrair os Portugueses, tira mais um coelho da cartola e, na apresentação das propostas eleitorais e eleitoraleiras do seu PPD-PSD, propõe, nem mais nem menos, do que a redução do número de deputados dos actuais 230 para 180.

De facto vai ao encontro do que muitos Portugueses gostarão de ouvir. Digamos que soa bem . É melodia para os ouvidos de quem acha que todos os males estão do lado dos políticos.

Não defendo os políticos, mas reconheço que, havendo duns e doutros, os que fazem alguma coisa de útil e os que não têm utilidade nenhuma, não podem ser eles os únicos responsáveis por todos os males que nos apoquentam, já que, nós outros, os não políticos de profissão, não somos muito diferentes deles!

A Dr.ª Ferreira Leite tratará, certamente, de, num futuro próximo, esclarecer o porquê das suas propostas e ficaremos a saber o que é que, afinal, ela acha que o Parlamento não precisa de fazer para dispensar 50 deputados. Como não esclarece que alterações proporá ao estatuto do deputado para que 180 façam o que 230, provavelmente, não conseguem fazer, ou não fazem bem...

Nem esclarece que motivos a fizeram mudar de opinião, já que o actual número de deputados foi aprovado pelo seu partido...

A conversa soa bem , mas cheira mal! Tresanda a demagogia!

 

O.C.

17.08.09

As utopias do sr reitor


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O sr reitor do santuário de Fátima, em entrevista recente, terá manifestado o seu desagrado com o facto do candidato do partido socialista às próximas eleições autárquicas ter usado a imagem da basílica, em fundo esbatido de um dos seus cartazes. De facto, embora muito pouco perceptíveis, lá estão, lado a lado, aqueles que eu acho serem dois dos símbolos mais representativos do concelho - o castelo de Ourém e a basílica de Fátima.

Por razões bem diferentes, e com significados bem distintos, evidentemente!

E argumenta o sr reitor, segundo leio na sua entrevista:

"A igreja, em princípio, não faz política e também não gosta,não concorda, pelo menos eu não gosto, nem concordo, que, de facto, as forças partidárias se aproveitem da igreja em benefício das suas políticas próprias".

Pois é!

"em princípio"

Mas lá que a faz, faz! À fartazana!

Quanto ao aproveitamento pelas forças partidárias( e o vice-versa também funciona) e aos benefícios próprios... bem, é um problema tão velho quanto a política e a religião.

 Ou seja, tanto andam de mão dada, quando dá jeito, como andam de costas voltadas, quando os interesses assim mandam, como fingem que andam cada uma para seu lado, sempre que assim convém.

Aliás, política e religião têm muito mais a uni-las do que a separá-las. Às vezes não se percebe onde acaba uma e começa a outra.

No fundo, no fundo, pelo menos um objectivo têm em comum: dominar!

E o sr reitor continua:

" o correcto é a política ser política, a religião ser religião, a igreja ser igreja, âmbitos absolutamente autónomos, independentes, e cada um, cada parte, a cumprir a sua missão".

Bem...!!! Seria...!!!

Mas como a utopia não é pecado... (digo eu!)

Porque, se fosse... o sr estaria com uma bela penitência às costas...

E para terminar:

Quando é que o sr reitor dá uma entrevista a mostrar o seu desagrado pelo que fazem alguns colegas seus que aproveitam as homilias dominicais (ou outras) para fazerem autênticos comícios pelas causas políticas que lhes interessa defender?

 

E, já agora, pensando melhor:

 

De facto a basílica está a mais no cartaz!

 

 

O.C.