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OuremReal

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27.12.07

Conde de Ourém


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Estão espalhados pela cidade de Ourém alguns cartazes alusivos ao condado de Ourém e à sua história, com informações que são, mais ou menos, do conhecimento dos oureenses. O que eu não sabia e fiquei a saber é que existe, actualmente, um conde de Ourém, D.Duarte Pio.

A minha ignorância é mais que muita, nestas coisas da monarquia, por isso fico sem saber se se trata de um conde a sério, com condado e tudo, se esse condado existe e que, supostamente, se chamará condado de Ourém, e onde fica, ou se tudo isto é virtual. Como já ando por cá há uns anos e nunca ouvi falar em semelhante coisa, admito que tudo isto se passe na versão do faz de conta e, como tal, possa haver um conde sem condado, que não precisa de ser nomeado, porque já assim nasceu; o que, diga-se, pode ter inconvenientes. Não sei se o sr. D.Duarte alguma vez se sentiu atraído pelo condado de Ourém e, como tal, o título de conde é a satisfação de uma vocação ou de um desejo, ou, se, pelo contrário, isso não passa de uma fatalidade e é conde porque tem que ser; como também não sei se os oureenses, do tal condado, querem este ou outro conde, ou não querem saber de conde nenhum. Até porque, por cá, estamos mais habituados a imperadores e não sabemos bem para que serve um conde nos tempos que correm. Os imperadores sabemos que servem para mandar. Muitas vezes mal! Sem dar cavaco às tropas! Agora um conde...

 

O.C.

 

 

23.12.07

Chamem a polícia !


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Quando se fala em polícia, vem imediatamente associada a ideia de segurança, de alguém que está por perto, para ajudar em caso de necessidade, uma presença dissuasora para os prevaricadores  e não a ideia de alguém que está à espreita, à espera duma distracção para logo acorrer, livrinho e esferográfica em riste, para passar a multa. Mas, nesta vida tudo muda e, como não podia deixar de ser, a ideia sobre polícia também está a mudar. Por força do nosso quotidiano, naturalmente. E é pena que assim seja! Polícia começa a ser muito mais um obstáculo a contornar, ou mesmo a evitar. O papel dissuasor, e muitas vezes o sancionatório, estão a prevalecer sobre o outro de ajuda de proximidade. Não por culpa dos seus agentes, mas dos papeis que são obrigados a desempenhar e das tarefas que lhe são atribuídas. É certo que, como em todas as profissões, haverá os bons, os assim assim e os que não serão grande coisa, mas é muito importante que sejam bem mandados, ou comandados, e quem não servir, que seja aconselhado a mudar de vida. Vem esta conversa toda a propósito do que é visível, friso bem, do que é visível, na polícia que se vê na cidade de Ourém. De vez em quando, passa um carro com dois. Em serviço, certamente. Mas que serviço? Passam junto de automóveis mal estacionados, de dia ou de noite, a estorvar quem precisa de andar sobre o passeio, e nada fazem. Os assaltos, principalmente de noite, continuam a acontecer. E de dia também acontecem. Aparecem, a pé, com frequência, junto dos estacionamentos pagos, a ver se há tickets nos carros ou se já estão fora da hora para passar a respectiva multa. São capazes de passar uma tarde com o radar na saída do Regato para multar, e bem, quem ultrapassa os 50, mesmo que não ponha nada nem ninguém em perigo, e não vêem os excessos de velocidade que passam, por exemplo, junto à porta do seu próprio Posto. Foram multar, e bem, alguns automobilistas que no dia da inauguração do Modelo, puseram o carro onde não deviam; mesmo que não estivessem a incomodar ninguém. Não multaram muitos outros que estavam mal estacionados, e a estorvar, só porque não estavam em cima da calçada acabadinha de estrear. Como ignoram, dia após dia, noite após noite, os muitos que continuam a usar os passeios para estacionar, alegadamente porque não há parques de estacionamento. Com a bagunçada que a Câmara Municipal criou no trânsito à volta do hipermercado, com sentidos obrigatórios para um lado, proibições para outro, estacionamentos em contramão e falta de  sítio para parar tanta lata, foi preciso pôr um agente, com automóvel e tudo, à entrada, para garantir melhor visibilidade aos novos sinais que, não só contradizem os da véspera, como colidem com  os traçados do pavimento que não foram retirados. E ali esteve, atento a quem entrava e saía, e completamente indiferente aos que, a poucos metros, estavam mal estacionados e a incomodar. Ora, o desempenho destes papéis e a utilização destes critérios acabam por confundir o comum dos cidadãos e deixam no ar a questão de saber se é, realmente, este tipo de acção que mais credibiliza a nossa polícia. Ou se, afinal, não passamos de um povo altamente indisciplinado a precisar de outra atitude policial.

O.C.

21.12.07

20 de Dezembro


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O novo Modelo aí está! Tal como se previa! Enfiado numa zona residencial da cidade, com maus acessos, sem estacionamento suficiente, a provocar o caos completo no trânsito automóvel, tanto para quem entra e sai, só para fazer compras ou matar a curiosidade, como para os que residem ali por perto e que perderam o relativo sossego de que ainda desfrutavam.

É ver para crer!

As ruas de acesso foram alvo de alguma cosmética; neste caso não para inglês ver, porque não haverá muitos ingleses por ali, mas para tentar iludir algum pacóvio distraído. Assim, a rua do Vale da Aveleira levou uns metros de alcatrão, passeios de um lado e outro na parte próxima do hipermercado e pintaram-lhe uns traços no chão que não se percebe bem para que servem. A rua dos Álamos, também na parte mais próxima do hipermercado, levou alcatrão novo, passeios, semáforos no cruzamento com a rua Justiniano da Luz Preto e um traço no chão que só serve para atrapalhar. O semáforo não tem qualquer utilidade, não funciona, deve ser só para enfeitar. A rua Albano Rodrigues foi a mais maquilhada; teve direito a duas novas curvas, ridículas e desnecessárias, tem 20 metros de via dupla, com separador central e tudo, e quem nela circular de nascente para poente tem, por força da nova sinalização, de virar para a direita, na direcção do hipermercado, não podendo descer a rua dos Álamos; teve,ainda, direito a uns metros de passeio empedrado, caixotes do lixo enfiados no chão e uns ciprestes, tipo cemitério.

Diria que esta cosmética tornou o local agradável à vista de quem ali chega para fazer compras e vai embora. Pouco funcional para todos os que ali têm que se movimentar e desagradável para quem escolheu aquele sítio para viver. É assim como que uma casinha de bonecas onde, irresponsavelmente, alguns investem o tempo a brincar ao faz de conta e outros vão gastando a paciência a aturar incompetências, caprichos e interesses vários.

E não há quem ponha mão nisto!

 

 

O.C.