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OuremReal

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18.11.07

ABC da semana


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Aldi - Não sei se é sigla, se é uma marca ou uma cadeia de supermercados. Não conheço e, para o caso, tanto faz.

Segundo leio num órgão da imprensa regional, é a designação pela qual se identifica o novo estabelecimento comercial que se vai instalar em Ourém.

Isso nem teria grande importância, ( mais um, menos um ), se não fosse a sua localização. Pasme-se!!! Ao cimo da Rua dos Álamos, junto ao Modelo, que está prestes a ser inaugurado. A separá-los, apenas a largura duma rua  - a do Vale da Aveleira.

Por quatro votos a favor e três contra, a Câmara Municipal de Ourém, na reunião do dia  15 do passado mês de Outubro, deu parecer favorável à instalação, naquele local, de um edifício, com área de implantação de 1305 m2, destinado a comércio alimentar.

Tudo o que já estava mal com a instalação do Modelo, pelo impacto negativo na qualidade de vida dos moradores daquela zona, pelos problemas na circulação automóvel, tudo isso e muito mais, só pode ficar agravado com a instalação de mais uma unidade comercial.

Não dá para perceber o que se passa na cabeça de algumas pessoas...

Burro - É uma palavra que tem plural, claro; quando são mais do que um, diz-se burros.

Socorrendo-me de um dicionário da língua portuguesa, fico a saber que, enquanto substantivo, significa: quadrúpede solípede do mesmo género que o cavalo; asno, jumento. Também pode significar indivíduo sem inteligência (cabeça de burro). Enquanto adjectivo significa: tolo, ignorante.

É um animal simpático. Há quem defenda que se devem fazer esforços para preservar esta espécie. Também acho que sim. Era uma pena que fosse extinta.

Chula - Substantivo feminino que significa: espécie de dança e música popular.

A propósito, uma história; verdadeira. Num comício, (no tempo em que havia comícios... já ninguém se lembra!) um dos intervenientes, que era cantor, começou a sua intervenção dizendo: " agora vou cantar ( e tocar ) uma chula, que é uma palavra que não tem masculino, porque não se podem ofender os (...) ". ( começa por um p, mas não é palhaços ).

Eu também acho. Fiquemo-nos com a dança e a música, porque, o que é preciso é animar a malta.

 

O.C.

15.11.07

A guerra


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Colonial, do ultramar, ou de libertação? Três nomes possíveis para uma guerra que não passou de uma inutilidade, estupidamente mantida durante 13 anos, para fecharmos, da pior maneira, os 500 anos de "império"; ou seja, fomos escorraçados, humilhados, viemos com uma mão à frente e outra atrás, como se costuma dizer, quando podíamos ter saído de cabeça erguida, pelo nosso pé, pela nossa vontade, marcando o nosso tempo. E muitos dos que saíram poderiam e deveriam ter ficado. Tinham esse direito!

Guerra colonial? Pois, como não soubemos ser coloniais e virámos colonialistas, tivemos que aguentar com as consequências e quando quisemos deixar de ter colónias e começámos a chamar-lhe províncias ultramarinas, já não fomos a tempo; o mundo já nos tinha rotulado com esse mimo.

Guerra do ultramar? Bem, segundo o regime de então... " muitas raças, vários povos, uma só nação"... o Portugal uno e indivisível, do Minho a Timor, tinha províncias, que, por sua vez, se dividiam em distritos, estes em concelhos, e por aí adiante. Só quando o termo colónia começou a ter um sentido depreciativo, e a pressão internacional apertou, se mudou o nome e surgiram as províncias ultramarinas. E aí vamos nós " para Angola já e em força", depois de Goa ,Damão e Diu - O Estado da Índia - e o que mais se lhe seguiu.

Guerra de libertação? Qual libertação? Nunca entendi muito bem quem queria libertar quem, porquê e para quê; não tenho dúvidas de que muitos dos "libertados" não deram por isso; tenho a certeza que muitos dos "libertadores" aproveitaram bem a sua liberdade; mas a minha maior certeza é que Portugal se libertou dum pesadelo - a guerra; adjectivem-na como quiserem.

São os episódios que a RTP 1 apresenta às terças feiras sobre este assunto que me fazem recordar estes treze tristes anos, que me fazem pensar como éramos ( e somos )como povo e como país e que me deixam a falar sozinho.

 

O.C.

14.11.07

Era só fumaça !


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Afinal era só fumaça! Aquilo que alguns já viam como um combate feroz, muitas cabeças a rolar, corte de relações, incompatibilidades, inimizades e tudo o que de mais horrível se possa imaginar, não passou de uma mini novela, com actores experientes e experimentados na arte do faz de conta, a fingirem, umas vezes que são da facção do norte e outras que são do sul; nos intervalos, são da facção do centro(de interesses) que é, afinal, aquela a que todos pertencem. E para que tudo pareça ainda mais o que não é, até se insultam mutuamente.

Isto é o PSD local, igual ao distrital, igual ao nacional, visto por um ignorante como eu que não consegue ver a diferença entre Mendes e Menezes, a não ser na altura; ou entre João Moura e Vasco Cunha, a não ser porque um perdeu e o outro ganhou; ou entre Mário Albuquerque e David Catarino, a não ser que o primeiro foi Presidente de Câmara e é deputado, e o segundo é o que o primeiro já foi, mas anda a "esgatanhar-se" todo para ser o que ele é.

Moral da história: misturar sumo de laranjas de vários calibres, tonalidades, ou origens, dá sempre laranjada. Mas se pelo meio houver umas azedas, a bebida fica intragável.

É verdade, já me esquecia: também há laranjas sem sumo.

 

 

O.C.

05.11.07

Preocupação, ou talvez não !!!


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 A Associação Promotora de Ensino e Formação de Fátima - APEFF - de que é presidente David Catarino, também presidente da C.M. de Ourém, celebrou um contrato com a Diocese de Santarém, com a duração de 10 anos, prorrogáveis, para a cedência das instalações onde funciona a Escola Superior de Educação de Torres Novas. A APEFF, que já geria a Escola desde 2004, fica agora com autonomia pedagógica, administrativa e financeira daquele estabelecimento de ensino.

Nada a opôr, naturalmente! 

Apenas constatamos, com alguma preocupação, como os responsáveis pela governação do nosso concelho orientam os seus passos, paulatinamente, a caminho de Fátima. Até quando?

Se, como se diz por aí, o próximo candidato do PSD à C.M. de Ourém, e hipotético vencedor, for o actual vice-presidente, fatimense dos sete costados e grande activista do "adormecido" movimento pró-concelho de Fátima, então os oureenses do resto do concelho que se cuidem!

 

 

O.C.

03.11.07

Milagres


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O Clube Desportivo de Fátima fez alguma sensação quando eliminou o Futebol Clube do Porto, no desempate por marcação de grandes penalidades na Taça da Liga. Milagre! gritou-se por aí, com grandes parangonas na imprensa desportiva, principalmente. E como não se viram as aspas, quem leu milagre em vez de "milagre", até poderá ter pensado que teria havido por ali alguma mãozinha mais ou menos santa e que, a partir daí, tudo eram favas contadas.

Não se sabia bem porquê, mas não era de excluir a hipótese de um qualquer castigo aos portistas, por algum mau comportamento das claques, de algum dirigente, do próprio presidente (quem sabe?), ou pelo simples facto do FCP ser, actualmente, a melhor equipa da I Liga !

E não é que o milagre se repete, logo na jornada seguinte, no estádio de Restelo, com a equipa de Fátima a ganhar ao Sporting !!! Desta vez admite-se que tenha sido para castigar as asneiras do Paulo Bento que, de vez em quando, parece que baralha aquilo tudo, ou até para castigar alguns pseudo craques que se esquecem que para ganhar é preciso marcar mais golos do que o adversário, mesmo que ele se chame CD de Fátima.

E veio o terceiro milagre, ou anti-milagre, não se percebeu bem.

Mas este teve logo  uma primeira consequência - transformou, momentaneamente, fanáticos benfiquistas em fervorosos apoiantes fatimenses - uma metamorfose digna de se ver: bandeira ao ombro, cachecol ao pescoço, gritos contra tudo o que era verde, ou então amarelo, que era o árbitro. O normal.

E quando tudo se encaminhava para o milagre, eis que o Fátima atira uma bola ao poste, mais uma na barra que fez abanar aquilo tudo, o defesa da Fátima não se entente com o seu guarda-redes e o Sporting ganha. Milagre ou anti-milagre? É aqui que fica a dúvida.

E como se tudo isto não fosse já bastante, o Benfica foi eliminado em Setúbal para a mesma competição.

Pode ter sido, perfeitamente, o quarto milagre. Só não percebemos bem qual a necessidade deste quarto milagre... Terá alguma coisa a ver com aquela metamorfose ? Ou será que quem tem telhados de vidro, o melhor que faz é não atirar pedras ao ar ?

Concluindo:

Parece que isto de milagres é como as decisões daqueles órgãos que decidem por maioria e onde há uns que, às vezes, fazem de camaleão. Mudam de côr, conforma as conveniências.

Entre a vitória no Restelo e a derrota em Fátima (e no Bonfim), alguém se virou...

 

O.C.