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OuremReal

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15.03.08

Amnésia selectiva ?


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Há quem diga que os deputados da Assembleia da República não fazem nada, são muitos, só metade chegava, é um desperdício de dinheiro, enfim, um rosário de argumentos que não apoio, embora reconheça que, haverá uns mais úteis que outros e, provavelmente, até os que se lá não estivessem também não faziam falta nenhuma. E enquanto continuarem a gastar tempo a "falar de coisa nenhuma", em jogos de palavras completamente vazias de conteúdo, em exercícios que mais parecem de brincar, duma inutilidade que enerva qualquer cidadão que paga impostos, continuarão, cada vez mais, a levar muita gente a pensar que muitos deles não valem a despesa que fazem.

Anteontem, na Assembleia da República, 3 deputados do PSD, eleitos pelo distrito de Santarém, Vasco Cunha, Mário Albuquerque e Miguel Relvas, incomodados com o comício de hoje, do PS, no Porto, questionaram se o Ministro da Administração Interna iria mandar a PSP às concelhias daquele partido, saber quantos militantes iriam ao comício, à semelhança do que aconteceu com a ida dos professores à manifestação de Lisboa.

Para que se pudesse fazer uma programação, ou gestão adequada do trânsito...

Digo eu !

Bem, digamos que, se retirarmos a inutilidade da questão, fica a oportunidade da piada.

Até aqui nada de grave !

Já não acontece o mesmo quando dizem que " os casos recentes provam que o governo orienta as prioridades operacionais das forças de segurança contra manifestações que contestam as suas políticas, o que não é tolerável ".

Então, Sr.s deputados ! Desde quando é que isto não é tolerável ? Só agora ? Ou umas vezes é e outras não ?

Quem mandou as forças de intervenção carregar, brutalmente, sobre os manifestantes na Ponte 25 de Abril ? Ainda se lembram disto ?

É apenas um exemplo !

Ou a vossa memória sofre de amnésia selectiva? que é como quem diz : só recorda  o que convém.

No vosso caso, teria ficado calado, se não tivesse a hombridade de assumir que a "porcaria" é exactamente a mesma, independentemente de ser feita pelo governo A ou pelo governo B.

 

 

O.C.