Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

OuremReal

OuremReal

30.06.10

Novelas


ouremreal

Pronto! Acabou-se a novela do “mundial”! Embora ainda faltem alguns episódios, já são mais para quem aprecia futebol e menos para os “doentes” da bola que acham que a seleção nacional, a nossa, tem que ser sempre a melhor e tem sempre que ganhar, mesmo que não tenha qualidade para se bater contra outras que são, claramente, superiores.

Perdemos com a Espanha! Pois!

Perder já é mau! Sempre mau! Perder com a Espanha é pior do que isso, é péssimo!

Mas “patriotismos” à parte, pareceu-me que jogaram mais que nós. Não digo que jogaram melhor, embora admita isso, mas fiquei com a sensação de que jogaram mais e porque tiveram a sorte de marcar um golo irregular que o árbitro validou… não admira nada que tenham ganho um ânimo ainda mais reforçado, mais tranquilidade, mais à vontade e tivessem sido capazes de assim se manter até ao fim.

A nossa equipa desiludiu!?

Acho que sim, para quem se deixa iludir por todo o “enredo” que sempre se cria à volta da seleção!

Acho que não, para quem é capaz de perceber que somos o que somos e não mais que isso. Embora devêssemos “discutir” mais o preço da derrota. Quero eu dizer que tínhamos obrigação de lutar mais e melhor, porque estivemos longe de esgotar todos os nossos argumentos. Mesmo que acabássemos por perder…

Agora segue-se o rescaldo do costume:

Culpas para o A, para o B, para o C, mais para o X e para o Y, toda a gente a saber por que é que se perdeu, toda a gente a saber que não devia ter saído fulano, que não devia ter jogado beltrano, e as declarações deste e daquele que atingiram o outro mais aqueloutro, meninos ricos que também têm direito a ter birras, enfim, aquelas coisas que servem para vender papel e entreter o pessoal, mesmo que não sirvam para grande coisa.

Mas, lá porque acaba uma novela, não deixamos de ter folhetins…

Continua a série “e tudo a crise levou” com os protagonistas do costume, em cena na Assembleia da República, com o governo de Sócrates de um lado e o resto do outro, até ao dia em que o primeiro-ministro se convença que o melhor que podia fazer era arrumar as malas e ir embora, ou então, que os que o atacam saiam da comodidade fácil de criticar e passem à acção, com a coragem de pôr em prática as suas teorias.

Para mostrarem o que valem!

Porque isto já começa a cheirar mal!

 

O.C.